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Em relação ao estado de saúde das crianças, elas seguem internadas em leitos de isolamento e sendo acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Seguem com quadro de saúde estável, apresentando sinais vitais estáveis e não tendo febre nas últimas 48 horas.
Três crianças se encontram internadas em isolamento no Hospital Pronto Socorro de Várzea Grande, vindas de outras unidades de saúde com quadro suspeito de meningite, posteriormente confirmada por exames. Um quarto caso suspeito, aguarda confirmação por exames.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, os três casos confirmados em crianças, sendo um neonato de 20 dias (sexo masculino) residente em zona rural/nas proximidades do município de Jangada, um lactente de 5 meses (sexo masculino) residente em Várzea Grande e uma criança de 3 anos (sexo masculino) residente em Santo Antônio do Leverger.
Em relação ao tipo de meningite, se bacteriana, viral ou por outros agentes etiológicos, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Relva Cristina de Moura, dois casos foram confirmados como sendo meningite bacteriana, e 1 meningite viral, após análise de resultado dos exames laboratoriais.
“Dentre os 3 casos, temos a criança de 20 dias que se encontra sem registro das vacinas que são realizadas logo após o nascimento, sendo elas a BCG e a Hepatite B. A criança de 5 meses possui o esquema vacinal em dias, apresentando atraso somente na vacina de 5 meses, que protege contra a Meningite pelo Meningococo C, e a criança de 3 anos apresenta esquema vacinal em dias, não tendo vacinas pendentes a serem realizadas. Sobre estes casos, é importante destacar que a Vigilância Epidemiológica solicitou novas análises laboratoriais de modo a ampliar a investigação”, disse ela.
Sobre o estado de saúde das três crianças, elas seguem internadas em leitos de isolamento e estão sendo acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Seguem com quadro de saúde estável, apresentando sinais vitais estáveis e não tendo febre nas últimas 48 horas.
A Vigilância Epidemiológica realiza a busca ativa, contactando a equipe de vigilância dos municípios em que as crianças residem de modo a identificar também possível caso fonte, e monitorar crianças/pessoas expostas.
“É importante descrever que essas crianças não possuem vínculo epidemiológico com outras crianças que poderiam ter apresentado os mesmos sinais e sintomas anteriormente/previamente. E atualmente tem-se uma criança de 2 meses em observação e monitoramento, pois teve contato domiciliar com o neonato de 20 dias. Ela (paciente) é vacinada com BCG e Hepatite B e encontra-se com sintomas gripais, não apresentando sintomas específicos de Meningite”, explicou a superintendente Relva Cristina.
Ela explica ainda que foi avaliado a situação vacinal dos contatos domiciliares e os que porventura estivessem com a vacinação atrasada para faixa etária, sendo recomendado a atualização conforme Calendário Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
Após análise minuciosa dos casos, segundo investigações da Vigilância Epidemiológica, verificou-se que não se trata de casos suspeitos pelos agentes etiológicos HAEMOPHILUS INFLUENZAE tipo b e NEISSERIA MENINGITIDIS pelo meningococo C não havendo necessidade de realização da quimioprofilaxia e ações de bloqueio vacinal.
O secretário de Saúde Várzea Grande, Gonçalo Barros, afirmou que desde o aparecimento dos primeiros sintomas, as equipes de Saúde, redobraram sua atenção e passaram a investigar todos os possíveis casos ou sintomas, seguindo os protocolos da Vigilância em Saúde.
“Temos muita responsabilidade em dar informações corretamente e após as investigações concluídas. Para as Vigilâncias os casos ainda não configuram surto. Para ser surto, as crianças teriam que morar no mesmo raio de distância e serem moradoras somente de Várzea Grande, ou estarem em uma instituição de ensino juntas, ou na mesma creche e até mesmo terem estado em algum momento juntas.
Nestes casos não tem como considerar um surto, apesar de duas crianças serem de Várzea Grande, uma delas é do Espinheiro, Zona Rural do município. O exame da quarta criança está em análise, mas não há sintomas de meningite, e sim gripal, mas o caso está sendo investigado porque a família é da mesma comunidade de Espinheiro e tiveram contato”, explicou Gonçalo Barros.
Sobre a situação é importante descrever que a ocorrência dos 3 casos não configura situação de surto no município de Várzea Grande, disse o secretário Gonçalo de Barros, uma vez que esporadicamente Várzea Grande apresenta casos de meningite.
“As crianças acometidas não possuem vínculo epidemiológico entre elas, cada uma reside em município diferente. Tendo havido coincidência na ocasião do adoecimento e internação pela doença no mesmo hospital”, disse ele.
A meningite é uma doença que atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas. É frequentemente ocasionada por vírus ou bactéria.
Gonçalo Barros reafirmou que toda a Rede de Saúde de Várzea Grande foi notificada dos casos de meningite e está apta a promover atendimentos com possíveis sintomas para ser providenciado a internação em isolamento até os exames necessários e para resguardar a vida dos pacientes e de familiares.