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OPERAÇÃO ESPELHO

Mauro diz que vai aguardar o fim das investigações para tomar decisão sobre esquema de cartel na SES

Mayke Toscano

O governador Mauro Mendes (UB) comentou sobre uma denúncia feita pelo empresário Frederico Aurélio Bispo na Câmara Municipal de Cuiabá, sobre um possível esquema de Cartel na Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT). O gestor estadual disse que, se o empresário tem denúncias que a leve na polícia. Segundo ele, vai acionar a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para colaborar com as investigações realizada pela polícia. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira, 15 de maio.

“Isso tem que ser conduzido pela polícia, se tem uma denúncia, tem que entregar para investigar. Quem está na vida pública tem que dar explicações, agora quem acusa tem que provar. Eu pedi que nossa procuradoria possa entender o que está acontecendo para fazer tudo aquilo dentro da previsão legal”, disse.

O assunto ganhou destaque na última semana após o empresário e diretor-executivo da Síntese Comercial Hospitalar, ir à tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá e citar o nome da ex-secretária de Estado de Saúde, Kelluby de Oliveira, que realizava os pagamentos para as empresas investigas no esquema de cartel e da secretária-adjunta de Gestão Hospitalar, Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, que segundo o empresário existem fortes indícios de sua participação, tendo em vista que sua missão institucional é de fiscalizar todas as compras por meio de empresas, sem contrato emergencial, sem qualquer transparência ou publicidade.

O governador disse ainda que não vai tomar nenhuma decisão precipita e que vai aguardar as investigações e caso alguém tenha feito alguma coisa errada, vai responder em qualquer canto ou secretária do governo.

“Não é porque alguém fala alguma coisa que o governador toma decisão. Se tem uma investigação, que ela ocorra. Se alguém fez alguma coisa errada, vai responder em qualquer canto do governo e qualquer secretaria”, finalizou.

Evitando polemizar ainda mais o assunto, o secretário licenciado da Ses e deputado, Gilberto Figueiredo (UB) disse se tratar de uma situação desconfortável, pois nomes foram citadas de forma caluniosa e quem fez isso deve responder.

“As pessoas que foram citadas de forma com calúnia, difamação em algo que é uma inverdade, até porque a ata de adesão do Metropolitano foi feita de forma legal, respaldada pela Procuradoria Geral do Estado no momento que se quer conhecia se existia ou não alguma máquina da ata lá na no Acre, cuja decisão ainda não é definitiva pelo Tribunal de Contas da União. Sair fazendo dilação, né? E colocando atributos em pessoas sérias que trabalham na área da saúde, é uma irresponsabilidade, vai responder por isso até a última gota, não existe ninguém na nossa Secretaria fazendo operação, cometendo algum ilícito. Ele mentiu, mentiu descaradamente que essa empresa presta serviço a todos os hospitais regionais nosso. Só que no metropolitano pela adesão foi comunicada que naquele item da ortopedia ele não forneceria mais, mas continua vigente, não foi feito rescisão do contrato, ou seja, fez uma série de declaração e o responsável e vai responder por isso”, disse o deputado.

Operação Espelho

A primeira fase da operação foi deflagrada em 2021 e investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva (hospital metropolitano), em Várzea Grande. Como desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel de empresas dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado.

Já a segunda fase foi deflagrada em março de 2023 e cumpriu o sequestro e bloqueio de aproximadamente R$ 35 milhões, em bens móveis e imóveis, de implicados em esquema de fraudes e desvio de valores promovido por um cartel de empresas envolvido na prestação de serviços médicos em hospitais do estado.

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