DA REDAÇÃO/MAK LUCIA
[email protected]
Após um período afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o presidente Eduardo Botelho (UB) reassumiu seu posto de presidente na manhã desta segunda-feira, 12 de junho. Durante sua primeira entrevista, Botelho criticou o fato de a PL 1363/2023 ter sido tratada como matéria de extrema urgência.
Botelho garante que há vários pontos a serem discutidos antes que o projeto vá para segunda votação. Segundo o presidente, caso o projeto “transporte zero” seja aprovado, o Governo Estadual pode acabar com a profissão dos pescadores, tendo em vista que o valor proposto de auxílio é de um salário mínimo no primeiro ano, 50% no segundo e 25% no terceiro, restando ainda 2 anos, no qual os pescadores não receberiam nada.
“Se quer encerrar em três anos [auxílio] é porque quer acabar de vez com essa profissão. É interesse vocês acabarem definitivamente com a profissão de pescador? Se for isso tudo bem. Se isso vai durar cinco anos [Projeto de Lei] e vai pagar o auxílio durante três anos, então eles [pescadores] vão estar extintos”, disse.
O parlamentar disse ainda que irá se reunir com os deputados para que o texto seja discutido com mais cautela pelas comissões da Casa. Botelho explicou que após ser aprovada em primeira votação, a PL não pode parar, pois vai contra o regimento da AL.
“Uma vez aprovada a urgência e votada em primeira, o presidente já não tem muita coisa a fazer em relação ao regimento. Não posso devolver o projeto, não posso paralisar a votação. O regimento é claro, diz que ele obrigatoriamente entra na pauta como o primeiro a ser votado, inclusive como o primeiro projeto a ser votado. Então eu tenho pouca margem para segurar ou para ampliar a discussão. Eu quero contar com o apoio dos deputados”, explicou.