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MOTIVO FÚTIL

Caso Jeff Machado: Polícia do Rio conclui inquérito e indicia produtor por oito crimes

FOTO/REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito que investiga a morte do ator Jeff Machado e indiciou três pessoas pelo envolvimento no crime. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga estão presos pelo homicídio e ocultação de cadáver do ator.

Segundo a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), Bruno foi indiciado por oito crimes: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; estelionato e tentativa de estelionato; furto; invasão de dispositivo informático; maus-tratos em animais; e falsa identidade.

Jeander foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; e maus-tratos em animais. Um terceiro homem foi indiciado por maus-tratos em animais, por ter cedido o lugar onde os cachorros da vítima foram abrigados após o crime, segundo a delegada Elen Souto.

“Ele foi a pessoa que emprestou a Bruno e a Jeander o seu centro religioso para abrigar os cães de Jeff. Os animais permaneceram neste espaço durante três dias, num local pequeno, de baixa higiene, causando grande sofrimento físico e psicológico aos cães.”

Jeff Machado foi morto no dia 23 de janeiro, e o desaparecimento foi registrado no dia 27, depois que familiares e amigos estranharam a falta de informações sobre o ator. Os agentes iniciaram as investigações, coletaram depoimentos, analisaram imagens de câmeras de monitoramento, realizaram trabalho de inteligência e identificaram os dois suspeitos.

Segundo o inquérito, Jeff foi morto por motivo fútil, após ter sido dopado, asfixiado e estrangulado com um fio de telefone. Em seguida, o corpo foi colocado em um baú do próprio ator, enterrado e concretado nos fundos de um imóvel no bairro Campo Grande, na zona oeste, alugado por Bruno, em dezembro de 2022, exclusivamente para ocultar o cadáver.

As investigações revelaram que Bruno se dizia produtor de uma emissora de televisão e havia prometido à vítima um papel em uma novela. Jeff fez pagamentos, no valor total de R$ 25 mil, para conseguir a vaga e não percebeu que estava sendo enganado. Após constatar que não conseguiria continuar mantendo a farsa e obtendo vantagens financeiras, Bruno decidiu matar Jeff Machado.

Após a morte do ator, Jeander transportou o corpo até o imóvel alugado, onde cavou o buraco em que o baú com o cadáver da vítima foi concretado.

A DDPA concluiu que Bruno tentou vender o carro de Jeff e efetuou compras com os cartões da vítima, totalizando R$ 7.000. Os autores também furtaram telefones, notebook, jaquetas de couro e televisão do ator.

Ainda após a morte, os oito cachorros do ator foram encaminhados para um centro religioso, no bairro Palmares, onde permaneceram sob condições de maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, foram abandonados na rua, o que também despertou a atenção dos parentes e amigos da vítima.

Para tentar encobrir o assassinato, Bruno manteve contato com a mãe de Jeff e amigos pelo celular da vítima, passando-se pelo ator. Ele também utilizou as redes sociais da vítima para fazer postagens falsas.

Jeander Braga foi preso no dia 2 de junho, no bairro de Santíssimo, na zona norte do Rio. No dia 15, Bruno Rodrigues foi encontrado em um hostel no morro do Vidigal, na zona sul do Rio, durante uma ação conjunta da DDPA, da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e de agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

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