Marisa Orth preparava-se para viajar quando recebeu uma ligação de uma pessoa que dizia ser do seu banco. A interlocutora, que se identificou como Tatiane, afirmou que havia ocorrido uma série de transações irregulares com o seu cartão de crédito e a orientou a inutilizá-lo.
A atriz deveria dobrar o cartão e entregá-lo a um portador da instituição, que iria retirá-lo em sua casa junto com uma declaração de próprio punho. Como estava apressada, deixou tudo em um envelope com uma auxiliar, orientando-a sobre o enviado do banco, e seguiu para o aeroporto.
Marisa só descobriu a verdade horas depois: tratava-se de um golpe no qual acabou sofrendo um prejuízo de cerca de R$ 25 mil (em valores atualizados pela inflação). Os estelionatários haviam feito saques, compras e outras transações bancárias. Para retardar o cancelamento do cartão, ainda tinham conseguido o bloqueio do celular da atriz junto à operadora alegando que o aparelho havia sido furtado.
O episódio ocorreu em novembro de 2019. A investigação policial responsabilizou o casal Keila Bazilio, de 29 anos, e Diogo Giovanni Almeida Santos, 30, pelo crime.
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Quase quatro anos depois dos fatos, eles foram julgados e condenados por estelionato. A decisão foi publicada no dia 16 de agosto. A juíza Ana Cláudia dos Santos Sillas aplicou-lhes uma pena de um ano de reclusão em regime aberto, mas a punição foi substituída pelo pagamento de um salário mínimo cada a uma instituição beneficente.
O casal ainda pode recorrer.
A defesa de Keila e Diogo disse à Justiça que denúncia feita pelo Ministério Público não trouxe provas do seu envolvimento.
“Não há como acusar ou condenar um indivíduo através de meras especulações”, declarou no processo a advogada Rafaela Steinmeyer, que os representa.