O governador Mauro Mendes (UB) voltou a dizer na manhã dessa quarta-feira, 30 de agosto, que instaurar uma CPI para investigar as Secretarias de Saúde e Meio Ambiente é uma perda de tempo. Mendes já havia sinalizado que não concordava com a investigação da Assembleia Legislativa durante uma coletiva no lançamento das obras do novo Hospital Infantil em Cuiabá.

“Os órgãos de fiscalização do governo atuam com independência, com isonomia, não tem nenhum indício que possa justificar algo dessa natureza”, disse.

Mauro completou ainda dizendo que a ALMT deve ter consciência e trabalhar em prol da população e não querer ficar se aparecendo. E que a situação pode se tornar desgastante para ambos os Poderes.

“Mas eles têm a independência deles, eu não posso mandar na Assembleia, não mando. Agora, eles têm que ter consciência que esse ambiente é ruim, é um ambiente de desgaste para nós, pode se transformar num desgaste para eles […] eles têm que ter consciência que têm que trabalhar para o cidadão e não trabalhar para ficar se aparecendo ou até mesmo construindo factoides políticos”, completou.

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O governador foi questionado sobre orientação da base para não assinarem os requerimentos para instauração de CPIs, ele respondeu que não faz nenhuma orientação e que caso esteja ocorrendo alguma coisa errada em sua gestão pode fazer a denúncia para ele mesmo, que mandará investigar imediatamente.

“Tenho a consciência muito tranquila que nunca pedi, nunca mandei ninguém fazer absolutamente nada de errado, não tenho compromisso com nenhum erro. Agora, nós temos 70 mil servidores trabalhando no Estado, é possível que alguém faça alguma coisa errada, se tiver alguma coisa errada dentro do Governo, toda coisinha errada que achar, abrir uma CPI, é provável que a gente tenha 10, 20 CPIs, têm umas 10, 20, 30 CPIs dentro da Assembleia e outros lugares também” respondeu.

Sobre as CPIs

Alguns deputados, liderados por Wilson Santos (PSD) articulam para instaurar duas CPis na Casa Leis para investigar contratos com empresas na Saúde do Estado, durante a pandemia da covid-19. Ação está sendo proposta após a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) indiciar empresas no âmbito da Operação Espelho.

Já em relação a Sema, os deputados querem investigar licenças ambientais emitidas pelo órgão, em relação ao estudo de impactos ambientais e Cadastro Ambiental Rural (CAR).