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TIRADA DE CONTEXTO

Maysa chora no plenário e diz ser alvo de ódio que ultrapassa o digital

Reprodução

A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos) voltou a usar a tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira, 31 de agosto, para dizer que está sendo ameaçada e dizer que entrará com uma ação contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL).

Na sessão plenária anterior, a vereadora usou a tribuna para acusar o deputado de usar suas redes sociais para instigar seus seguidores contra ela, dizendo em um vídeo que a parlamentar do executivo municipal é favorável a estupradores, após ela dizer que a castração química (PL de autoria do ex-presidente Jair Bolsonaro – PL) para esse tipo de crime deveria ser analisado.

“Tenho que voltar a falar desta questão porque não se resolve facilmente com uma conversa amigável de pessoas decentes. Falei na sessão passada sobre uma postagem que o deputado estadual Gilberto Cattani fez em sua rede social. Ele pegou um diálogo de sete minutos sobre uma questão e publicou 90 segundos desse diálogo dando a entender que sou uma defensora de estupradores instigando o julgamento de sua audiência sobre uma questão que ele recortou e colocou de forma extremamente irresponsável uma atribuição sobre minha conduta. Eu fui julgada e condenada na rede social do Cattani. Ele também incitou o crime de ódio à minha pessoa, além de calúnia e difamação. Começaram a desejar que eu fosse estuprada, que minha mãe e minha filha fossem estupradas”, disse.

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A vereadora se mostrou bastante abalada ao dizer que está recebendo ameaças de seguidores do deputado e teme sair nas ruas da capital, citou que se sua filha de 19 anos, morasse em Cuiabá, não a deixaria sair sozinha, pois o ódio pregado nas redes sociais ultrapassa o digital.

“Se minha filha morasse em Cuiabá, eu não ia permitir que ela saísse nas ruas porque esse ódio não é um ódio digital. É um ódio real. Isso é instigar as pessoas a atacarem as outras de forma real. Existe o risco de um fanático, lunático desse, fazer Justiça com as próprias mãos, dentro da realidade, é um risco real. Vemos todos os dias pessoas serem mortas por ameaças desconsideradas, mas graças a Deus minha filha não mora em Cuiabá e por isso ela está podendo circular nas ruas. Pedi ao deputado no privado que apagasse e fui ignorada. Que apego é esse a uma publicação caluniosa, que incita ódio?”, pontuou.

Maysa lembrou que Cattani está sendo investigado na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa e que mesmo assim, ao pedir que retirasse o vídeo do ar, este lhe respondeu que não fará isso. A vereadora disse também que vai até as últimas instâncias para representar contra o deputado, inclusive citou que irá procurar o legislativo estadual pessoalmente e conversar com a deputada Janaina Riva (MDB) que é presidente da Comissão.

“É tão acima da lei assim que mesmo estando numa Comissão de Ética ele ter a coragem de falar que não vai apagar o post e não vai cessar a violência contra mim? Comuniquei Janaina Riva, enviei tudo para ela, vou levar até as últimas consequências para que palavras não sejam levadas ao esmo. Esse deputado tem uma responsabilidade […] ele tem apego a essa postagem e está chancelando que fez intencionalmente essa incitação de ódio e não tem intenção de apagar. Então eu vou lutar para que isso não seja visto como normal e eu quero ver a atuação de todos os que defendem e que atuam no combate a violência contra as mulheres”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Gilberto Cattani, que disse que não irá se manifestar sobre o assunto.

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