A Inteligência Artificial já faz parte do nosso cotidiano e isso não seria diferente em áreas da medicina, especialmente na radiologia. O seu uso tem revolucionado a maneira como as imagens computadorizadas são interpretadas e utilizadas para elaboração de diagnósticos cada vez mais eficientes e precisos.

A radiologia tem sido há muito tempo um pilar essencial na detecção e diagnóstico de doenças, por meio da realização de exames como radiografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). No entanto, a interpretação dessas imagens pode ser complexa e sujeita a erros.

E é aqui que a Inteligência Artificial entra em cena, uma vez que ela analisa imagens médicas com precisão e eficiência, sendo capaz de identificar anomalias minúsculas, padrões sutis e até mesmo prever o risco de desenvolvimento de certas condições médicas com base em imagens.

Além disso, a IA pode acelerar o processo de diagnóstico, permitindo que os médicos atendam mais pacientes de forma mais rápida e eficaz. Mas a sua aplicabilidade não reduz a necessidade do uso de mão de obra humana. Pelo contrário, facilita o trabalho profissional e diminui a sobrecarga de demandas.

Esta interação entre tecnologia e a medicina representa um marco significativo na evolução da prática clínica, trazendo consigo uma série de benefícios. Um destes é o uso da inteligência artificial em mamografias para detectar câncer de mama.

Algoritmos treinados em vastos conjuntos de dados podem destacar potenciais áreas de preocupação, aumentando a sensibilidade na detecção precoce. Isso pode salvar vidas, pois quanto mais cedo uma condição é identificada, maior a chance de tratamento bem-sucedido.

Conforme a medicina e a sociedade avançam é importante estarmos atentos às novidades que facilitam, mas também agregam e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.

* Arnaldo Sérgio Patrício é clínico-geral com especialidade em radiologia e atua como sócio-diretor no Hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá