DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Tauany Micheli, sobrinha de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e prima de Miliani Calvi Cardoso, de 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, mortas e abusadas na última sexta-feira (24), em Sorriso (420 km de Cuiabá), pede mudanças nas leis de proteção às mulheres.
A sobrinha participou do podcast Crime S/A, do youtuber Beto Ribeiro, na última quinta-feira (30), onde fala que o assassino, Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, que matou quatro pessoas da sua família, deveria estar preso.
“A minha família morreu, porque a nossa Justiça não prendeu ele quando tinha que prender. Ele deveria estar na cadeia há muito tempo, deveria estar fichado”, lamentou a Tauany.
A jovem também comentou sobre a tia e as primas. “Tia Cle era uma mulher muito forte. Ela lutou a vida toda para dar tudo para as meninas. Tudo que ela podia. Estudar em escola particular, faculdade, o melhor que ela podia dar. Ela trabalhou a vida toda para cuidar dela”, relatou.
Ela também falou que sentia o orgulho da sua prima mais velha. “A Miliani fazia engenharia agronômica. Ela era muito inteligente. Uma vez a gente estava na casa da minha avó e ela saiu porque tinha aula de genética, era de noite. Aquilo me deu tanto orgulho dela, porque ela já tinha 19 anos, e eu já tive essa idade. Ela estava em uma fase tão gostosa da vida, que a gente aprende muito. Ela estava amadurecendo muito rápido”, disse sobrinha e prima das vítimas.
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A Tauany informou que descobriu o crime por meio da sua mãe, que avisaram sobre a movimentação na casa. Ela não acreditou que algo grave tinha acontecido, mas depois, ao ver a reação de uma tia, se tocou.
“Eu estava trabalhando e a minha mãe bateu na minha janela, e ela estava desesperada falando que a minha tia tinha ligado, falando que tinha acontecido alguma coisa na casa da tia Cle. Aí, eu larguei o serviço e pensei: ‘Ah, não deve ser nada, deve ter acontecido alguma coisa e a gente não está conseguindo falar com as meninas’. Mas quando eu virei a esquina, vi o Corpo de Bombeiros e a polícia. Já fiquei muito preocupada e achei que alguma delas havia sofrido algum acidente, até tranquilizei minha mãe, dizendo que aconteceu alguma coisa, mas elas iriam ficar bem e que os bombeiros iriam ajudar”, afirma.
“Quando eu cheguei perto, eu vi que minha tia estava muito desesperada, e foi aí que eu pensei que tinha acontecido algo muito sério, que alguma das meninas podia ter morrido. Mas quando eu fui falar com ela, ela disse que alguém tinha entrado na casa e matado todas elas”, completa.
Veja a entrevista: