RAFAELA FÁVARO
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Hoje, 26 de agosto, Dia Internacional da Igualdade Feminina, é uma oportunidade para observarmos as desigualdades que ainda persistem em nossa sociedade. Em pleno século XXI, ainda enfrentamos as heranças de uma sociedade patriarcal que insistem em subestimar o potencial feminino, especialmente na política e na administração pública.
A eficiência e a capacidade das mulheres em funções públicas estão mais do que comprovadas. Uma pesquisa de Harvard revelou que, na política, as mulheres tendem a ser mais honestas e eficientes. Nas prefeituras, por exemplo, elas conseguem entregar 30% mais resultados que os homens e têm 63% menos chances de se envolverem em escândalos ou de terem suas contas reprovadas. Esses números deixam claro que as mulheres desempenham um papel diferenciado e essencial na política.
Apesar dessas evidências, a sub-representação feminina ainda é uma realidade gritante. No Brasil, apenas 16% dos vereadores e 14% dos prefeitos são mulheres. E por quê? O PSD replicou uma pesquisa que revela que, nos Estados Unidos, as mulheres precisam fazer muito mais para provar sua capacidade. No Brasil, a principal razão apontada para essa sub-representação é a discriminação. Aqui, 40% das pessoas acreditam, equivocadamente, que as mulheres não se interessam por política.
Essa percepção é profundamente injusta e precisa ser transformada. Precisamos incentivar nossas jovens a assumirem papéis de liderança e a mostrar que são tão capazes quanto qualquer homem. A pesquisa também mostra que 68% discordam da ideia de que os homens são melhores que as mulheres na política, e para 60%, não importa se o líder é homem ou mulher, desde que seja competente.
Além disso, 30% dos brasileiros acreditam que as mulheres são melhores para cuidar da saúde pública, e 28% acham que elas gerenciam melhor o dinheiro público. No entanto, há desculpas para justificar a sub-representação feminina: mais de 40% e 60% das pessoas acham que as mulheres não estão prontas para liderar. E isso em um contexto onde 77% dos brasileiros reconhecem que as mulheres são mais assediadas que os homens, 48% que são mais interrompidas, 36% que são as mais violentadas fisicamente, e 35% que são mais ameaçadas.
É hora de virar essa página! Para isso, contamos também com o apoio de homens que defendem a inclusão e justiça social. Nas próximas eleições, esperamos que mais mulheres ocupem funções importantes e sejam reconhecidas por sua competência e capacidade de liderança. Eu apoio um candidato que tem entre suas propostas a nomeação de mulheres para mais de 50% dos cargos de primeiro escalão. Essa é uma oportunidade de promovermos a igualdade de gênero e de construirmos uma administração mais justa e inclusiva para todos.
Rafaela Fávaro é jornalista, empresária, presidente do PSD Mulher e candidata a vice-prefeita de Cuiabá pela Coligação Coragem e Força para Mudar