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CÂMARA DE CUIABÁ

Vereadora cobra andamento de processo contra Paccola

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Secom Câmara

A vereadora Edna Sampaio (PT) cobrou, nesta quinta-feira (1º) da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara  que dê andamento ao processo que envolve o vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) pelo assassinato do agente do sistema socioeducativo, Alexandre Miyagawa, que completou dois meses na data de hoje.

Ela  cobrou que Paccola apresente sua defesa em respeito às instituições, enfatizando que a família de Alexandre e toda a sociedade esperam respostas da Câmara, sob pena de conivência com a situação.

“Fico muito indignada com isso, pois causa depressão na família, na mãe, nas pessoas que amavam Alexandre e esperam uma resposta. É digno que a pessoa, mediante o processo legal, se apresente para cumprir os ritos da legalidade e da institucionalidade e não fuja para não se defender e para que a comissão não julgue e não possa caminhar com o processo”.

A vereadora também criticou um vídeo apresentado pelo parlamentar durante a sessão ordinária desta quinta-feira em referência ao mês de setembro – que tem como pauta o combate ao suicídio – no qual o parlamentar prega a defesa da vida e o combate à depressão, criticando sua recusa em se submeter a julgamento por ter tirado uma vida.

Edna fez referência ao suicídio de uma mulher ocorrido nesta quarta-feira (31) no clube de tiro Grupo Força e Honra, que tem entre seus proprietários o vereador Marcos Paccola, e argumentou que a depressão e o suicídio também são fruto do sentimento de impunidade.

“A depressão atinge principalmente jovens, pessoas que precisam de políticas públicas e não encontram, mas é também fruto do sentimento de injustiça, de impotência diante de uma sociedade cada vez mais excludente e onde as instituições e o processo legal são desrespeitados”, opinou

Edna destacou o papel da Câmara em respeitar o devido processo legal para dar respostas à sociedade. “O que podemos fazer aqui é, de fato, para todos e em todas as situações, respeitar o processo legal, a honradez, a força e a coragem daqueles que enfrentam esse processo”.

Ela pediu à Comissão de Ética que chegue  logo a um entendimento sobre o caso e destacou que, dois meses após o assassinato, ocorrido em 1º de julho, o prosseguimento do devido processo legal é sinal de respeito às instituições.

“Podemos  ficar quietinhos como se nada tivesse acontecido e ouvir passivamente discursos que falam sobre Deus, sobre defesa da vida, mas, na prática não vemos isso acontecer. Mas a sociedade quer uma resposta de nós enquanto vereadores. Não podemos ser reconhecidos como um órgão absolutamente passivo, conivente com uma situação que a mim causa indignação”, avaliou.

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