DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O vereador cassado Marcos Paccola (Republicanos) afirmou que vai tentar anular judicialmente a cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar. A declaração foi dada ao programa SBT Comunidade, na manhã desta quinta-feira (6).
“Os advogados estão terminando de estudar o processo. Vamos estar protocolando o mais rápido possível. Acredito que em breve retornaremos à Câmara municipal e mais do que nunca focados em desmascarar (os vereadores que votaram pela cassação) e mostrar para população (os motivos dos votos)”, disse Paccola no SBT Comunidade.
Paccola foi cassado por 13 votos, o mínimo necessário para a perda do mandato, por quebra de decoro parlamentar devido ao fato dele ter matado com 3 tiros nas e pelas costas, conforme descrição do Ministério Público, o servidor Alexandre Miyagawa, 41 anos, em 1º julho deste ano.
O vereador cassado afirmou, no programa, ter alvejado o agente do sistema socieoducativo porque todo o cenário o levou a crer que Alexandre iria matar a convivente. “Ele não sacou a arma para as pessoas que estavam ali, ele sacou a arma nas costas dela”, afirmou Paccola.
No entanto, conforme as imagens do crime, Alexandre sacou a arma e a apontou para o alto, depois para baixo, e a manteve assim enquanto caminhava em direção ao carro, acompanhando a convivente, até levar os tiros pelas costas.
Desmascarar
O vereador cassado ainda voltou a fazer acusações sobre desmascarar os vereadores que votaram pela cassação dele. Segundo Paccola, vários deles disseram que votariam contra a cassação, mas acabaram votando a favor porque não possuem autonomia para realizar um mandato independente.
“O sargento Vidal me surpreendeu, ele falou que fez compromissos de campanha, ele foi lá se justificar. O Ricardo Saad falou que não ia votar porque estaria fazendo uma cirurgia, mas veio do centro cirúrgico no meio de uma cobrança. Dizem que é porque as filhas são funcionárias da prefeitura. Cada um deles vou buscar um por um, vou buscar justificar porque eles não têm condições de fazer um mandato independente”, alegou.