Nesta sexta-feira (14), a campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), passou a veicular uma propaganda eleitoral acusando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser favorável ao aborto . O petista, que busca um terceiro mandato, já negou ser a favor da ação durante o primeiro turno das eleições 2022 .
Segundo a peça publicitária bolsonarista, Lula “quer mudar a lei e incentivar a mãe a matar o próprio filho no seu próprio ventre”. O comercial mostrou declarações do passado de Lula sobre o tema.
Em abril, o ex-presidente disse que não era favorável ao aborto, mas que era necessário debater o assunto “como uma questão de saúde pública”. Porém, com a repercussão, o petista resolveu esclarecer a polêmica. “Não só eu sou contra o aborto, como todas as mulheres que eu casei são contra o aborto”, explicou.
No Brasil, para que uma mulher interrompa a gravidez de maneira legal, ela precisa estar correndo risco de vida, a gestação ser fruto de um estupro ou em casos de anencefalia do feto.
Ainda no comercial, Bolsonaro é citado como um político contrário a prática e que seu objetivo é proteger as famílias brasileiras. “O Brasil com Bolsonaro valoriza a família e respeita a fé”, afirmou uma locutora.
A propaganda contou com a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela chamou o marido de “forte, brincalhão e sensível”. A imagem dela tem sido usada para tentar diminuir a rejeição do presidente com o eleitorado feminino.
No fim da propaganda, Bolsonaro pediu que os eleitores fizessem a “escolha certa”. “Posso nem sempre usar as palavras certas, mas o que eu desejo é mesmo que você. Viver com dignidade, andar na rua sem medo. Garantir o sustento das nossas famílias e proteger a inocência das nossas crianças. Se as minhas palavras estão te impedindo de fazer a escolha certa, eu, humildemente, te peço perdão. É hoje superar todas as diferenças para proteger o futuro da nossa nação”.
Bolsonaro contra o aborto
Em 2018, durante sua campanha, Bolsonaro declarou que era contra o aborto e vetaria qualquer proposta que fosse aprovada no Congresso Nacional. Neste ano, ele prometeu indicar ao STF ministros que não são favoráveis a prática.
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Fonte: IG Política