O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou, nesta quarta-feira (24), o registro de 46 defensivos agrícolas formulados, ou seja, os produtos estarão efetivamente disponíveis para uso pelos agricultores. Do total registrado, 18 produtos são de baixo impacto, sendo 6 com uso autorizado pela agricultura orgânica.
De acordo com o Mapa, a novidade é o registro do produto de baixa toxicidade com ingrediente ativo novo Phthorimaea operculella granulovírus, que teve aprovação para controle da traça tomateiro. Outro ingrediente ativo inédito, à base do óleo essencial de Cinnamomum verum, teve dois produtos registrados para o controle da mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) na cultura da soja, uma das pragas prioritárias para o ministério.
Para a agricultura orgânica, o registro saiu para uma isca formicida à base do extrato da planta Tephrosia candida, para o controle de formigas cortadeiras Atta sedens e Atta laevigata.
Em relação aos registros químicos, destaca-se o herbicida Diquat, ampliando, assim, as opções para o sojicultor.
Para os nematicidas ficam registrados dois dos produtos biológicos compostos por uma mistura de isolados de Bacillus paralicheniformis e Bacillus subtillis, com recomendação de controle de nematoide-das-galhas (Meloidogyne incógnita), nematoide-do-cisto da soja (Heterodera glycines) e nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus).
Já para o controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), uma das pragas elencadas como prioritárias no ano de 2022, o agricultor terá disponível produto a base de Baculovírus, de uso aprovado para a agricultura orgânica, além de um produto à base de Bacillus thuringiensis, isolado S 234 e outro à base de Metarhizium riley, Cepa CCT7771.
Para controle do o fungo Sclerotinia sclerotiorum, também considerado prioritário, há o registro de dois produtos biológicos à base de Trichoderma afroharzianum, linhagem CEN 287.
As culturas com suporte fitossanitário insuficiente, também conhecidas como minor crops, como araticum, atemóia, batata-yacon, cacau, cará, chalota, cherimóia, chuchu, cupuaçu, feijão-caupi, fruta-do-conde, gengibre, gergelim, grão-de-bico, graviola, guaraná, inhame, kiwi, lentilha, linhaça, mandioca, mandioquinha-salsa, maxixe, nabo, pinha, quiabo, rabanete e romã poderão receber tratamentos com o fungicida flutriafol (classificado pela Anvisa como categoria 5 – Improvável de Causar Dano Agudo).
Conforme o Mapa, todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Fonte: AgroPlus