O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (30) que o próximo governo vai mudar o arcabouço fiscal, bem como enviará uma reforma tributária para o Congresso Nacional ainda em 2023.
Haddad explicou que a PEC de Transição, que exclui despesas do teto fiscal, ganha tempo para o governo discutir uma proposta com integrantes da equipe de economistas que assessora o PT.
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“Estamos ganhando, com a PEC, tempo para abrir uma discussão com a sociedade, e temos uma perspectiva boa de aprovar a reforma tributária no ano que vem. O ideal é que, com a reforma tributária, a gente paralelamente remeta para o Congresso um novo arcabouço fiscal, que aí será coerente com a reforma que terá sido feita”, afirmou Haddad, em rápida conversa com jornalistas após participar de reuniões com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A PEC exclui do teto de gastos o pagamento do Bolsa Família de R$ 600 no próximo ano, além de R$ 150 por crianças até seis anos, bem como recompõe áreas que perderam verba no Orçamento.
O ex-ministro da Educação está entre os mais cotados para o ministério da Fazenda, mas o nome esfriou depois que ele embarcou para São Paulo para prestigiar a posse da esposa como professora titular da USP.
Haddad passou a integrar a equipe de economistas de transição, além de representar, a pedido de Lula, o PT em encontros com o mercado financeiro.
Haddad também confirmou na entrevista que Lula irá aos Estados Unidos antes da posse, encontrar-se com o presidente norte-americano Joe Biden.
Na segunda-feira, Lula recebe, em Brasília, dois enviados do presidente norte-americano, o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, e o assessor para América Latina, Juan Gonzalez.
Fonte: IG ECONOMIA