A Polícia Federal (PF) apreendeu um arsenal na operação contra apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de organizar atos antidemocráticos. Entre as armas, estão submetralhadora, fuzil e rifles com luneta, capazes de disparar a longas distâncias.
A operação aconteceu nesta quinta-feira (15) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ao todo, foram mais de 100 mandados, entre prisão e busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal.
As armas, segundo a polícia, estavam em endereços em Santa Catarina. As imagens da PF mostram ao menos 11 armas.
O nome do responsável pelo arsenal e o volume total de armas não foi divulgado pela polícia. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo em Santa Catarina.
As investigações
A operação mirou três grupos e usou informações obtidas por uma rede de inteligência formada por órgãos estaduais como Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal.
A rede de inteligência identificou patrocinadores de manifestações, financiadores de estruturas para acampamentos, lideranças de protestos, mobilizadores de ações antidemocráticas em redes sociais, além de donos de caminhões e veículos que participaram de bloqueios.
Os grupos na mira da PF foram divididos da seguinte maneira:
- líderes, organizadores, financiadores e fornecedores de apoio logístico e estrutural;
- proprietários e condutores de caminhões de diversas subcategorias que participaram das manifestações e atos antidemocráticos e foram autuados pela prática de infrações de trânsito de natureza grave ou gravíssima;
- e proprietários e condutores de veículos empregados para prestar apoio, auxílio logístico ou estrutural aos referidos atos, como transporte de pneus a serem queimados, estrutura para barracas, transporte de banheiros químicos, dentre outros.