Assessoria

O motorista identificado como R.J.D.S.R, de 40 anos, vai responder por homicídio doloso qualificado e fuga do local do acidente, pelo afogamento do menino indígena que morreu após a caminhonete da Funai tombar ao tentar atravessar um córrego Rio das pedras, no dia 22 de fevereiro, no município de Peixoto de Azevedo (672 km de Cuiabá). O caso foi apurado pela Polícia Civil.

O rapaz indiciado tinha a função de motorista de transporte de pessoas doentes, pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

No dia do acidente, ele transportava quatro adultos e outras duas crianças, quando os passageiros voltavam para a aldeia após receberem alta médica na cidade, na quarta-feira (22), por volta das 18h. Cerca de 15 km antes de chegarem na Terra Indígena, precisaram atravessar um córrego, cujo nível da água havia aumentado por conta das chuvas intensas na região.

O delegado Geordan Fontenelle pontua que o autor tinha plenas condições de prever o resultado, pois os pais da criança alertaram o funcionário, informado que o veículo não iria conseguir atravessar o córrego, por conta da forte correnteza.

“O autor do homicídio ignorou com total indiferença aquela situação, colocando em risco todos os passageiros que estavam dentro do veículo, e que terminou na morte da criança, esse autor esta sendo indiciado tanto pelo homicídio doloso, mas também pela forma qualificada, tendo em vista que o menino é menor de 14 anos”, confirma Geordan.

O inquérito policial descartou o homicídio culposo, uma vez que o autor não agiu apenas imprudentemente, mas assumiu o risco pelo ato cometido.

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