Jeffreys Bay voltou a ser cenário de um ataque de tubarão. No fim da tarde da quarta-feira, um sul-africano de 50 anos surfava na praia que vai receber o Circuito Mundial de Surfe (WSL) em julho, quando foi mordido na perna esquerda. O surfista amador da Cidade do Cabo recebeu atendimento médico na praia, foi levado a um hospital e está estável, segundo o Instituto Nacional de Resgate Marítimo (NSRI) da África do Sul.
– Às 17h30 da quarta-feira, 3 de maio, a equipe de serviço do NSRI Jeffreys Bay foi ativada após relatos de um homem mordido por um tubarão enquanto surfava em Supertubes, Jeffreys Bay. Na chegada ao local, os médicos do NSRI ajudaram o público que já havia aplicado almofadas de trauma em uma ferida de mordida sofrida pelo surfista, que estava a salvo fora da água. O paciente, que se acredita ter 50 anos, da Cidade do Cabo, estava em condição estável e de bom humor – afirmou Paul van Jaarsveld, comandante da NSRI Jeffreys Bay.
Não foi informado o tamanho ou o tipo do tubarão que atacou o surfista de 50 anos.
A África do Sul é conhecida por ser um grande pico do surfe, mas também pelos registros de ataques de tubarão. No Mundial em 2015, no meio da disputa contra o australiano Julian Wilson, o tricampeão Mick Fanning foi atacado por um tubarão, escapando por pouco de uma mordida que poderia ser fatal. A partir daí, começou um grande debate sobre a realização da etapa em J-Bay.
Em 2017, durante a bateria de Filipe Toledo contra Jordy Smith (AFS) e Julian Wilson (AUS), dois tubarões foram avistados na água próximos dos surfistas. Na ocasião, de acordo com o comissário da WSL, Kieren Perrow, a torre percebeu a presença de dois animais e enviou os jet-skis para verificar. Após a confirmação, eles decidiram pela paralisação das atividades. Nas imagens, é possível ver um animal de grande porte saltando na água a alguns metros dos atletas. Na mesma temporada, quando Gabriel Medina e Mick Fanning disputavam as quartas de final, um tubarão surpreendeu a dupla. Faltavam cinco minutos para o fim da bateria quando a sirene começou a tocar. Os atletas foram retirados da água rapidamente.
A cena se repetiu em 2018, quando a bateria entre o australiano Adrian Buchan e o americano Conner Coffin foi interrompida por causa de presença de um tubarão em J-Bay.