DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Lúdio Cabral (PT), deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, afirmou que a gestão municipal tem que trabalhar em parceria com os servidores públicos. Ele criticou os pré-candidatos que anunciaram intenção de penalizar os trabalhadores com o argumento de fazer ajuste nas contas municipais.
Lúdio ainda reiterou a importância do pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) como forma de repor as perdas da inflação e fazer justiça aos servidores.
“O próximo prefeito tem que mostrar à população que Cuiabá tem uma situação financeira grave que precisa ser resolvida, mas não podemos penalizar os servidores públicos. Eu já vi pré-candidato dizendo que tem que enxugar a máquina, demitir… Nós não podemos sacrificar os servidores públicos, eles são fundamentais para superar os problemas do município. Todo o serviço público acontece por meio do trabalho humano. O prefeito tem que apoiar os servidores”, afirmou Lúdio.
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O pré-candidato observou que Cuiabá vive uma crise financeira gravíssima, com aumento da dívida em cerca de R$ 300 milhões por ano. O município fechou o ano de 2020 com R$ 1,7 bilhão de dívidas. A projeção, segundo análise feita pela equipe técnica de Lúdio nas contas da prefeitura, é que o déficit passe dos R$ 2 bilhões ao final deste ano. Além disso, o atual prefeito está contratando mais um empréstimo, no valor de R$ 139 milhões, que vai ficar para a próxima gestão pagar.
“Uma parte importante dessa dívida da Prefeitura de Cuiabá são despesas do dia a dia. Nós precisamos de responsabilidade fiscal, de eficiência nos gastos públicos, gastar aquilo que o município arrecada com a maior qualidade possível, nas áreas que a população de Cuiabá precisa”, avaliou.
Lúdio é médico da rede pública de saúde, servidor de carreira da prefeitura e também do Estado de Mato Grosso. Ele destacou a necessidade de mapear os gastos da prefeitura, de olho na responsabilidade fiscal e no zelo com cada centavo dos recursos que o município administra.
“Temos que reduzir todas as despesas de custeio que pudermos reduzir. Fazer uma análise cuidadosa nos contratos da saúde, do transporte coletivo, da iluminação pública, da varrição, do tapa-buracos e etc. E jamais culpar os servidores públicos: eles têm que ser respeitados, reconhecidos e valorizados. O pagamento da RGA todos os anos é algo primordial. Os servidores não podem ser atacados com esse discurso fácil de enxugamento, de que vai fazer demissão”, argumentou Lúdio.