Mãe acusada de matar bebê enforcada em MT vai a júri popular

O Tribunal do Júri do Fórum de Cuiabá julgará durante o mês de junho 14 pessoas acusadas de praticarem crimes contra a vida, dentre eles a ré Juliana Jesus Miranda da Silva, denunciada pela morte de sua filha com apenas com 23 dias de vida.

De acordo com a denúncia do Ministério Público no processo n. 123781, a mãe estava hospedada em um hotel com a bebê e seu outro filho, no bairro Alvorada, em Cuiabá.

A criança pôs-se a chorar ininterruptamente durante várias horas, quando a denunciada se impacientou, pegou a filha pelos pulsos e jogou fortemente contra a cama.

Em seguida, apertou seu pescoço até matá-la. Em 2016, ela foi condenada pelo Tribunal do Júri a 16 anos de reclusão, porém, a defesa interpôs recurso na 2ª Instância e foi redesignado um novo júri, que será realizado no dia 19 de junho, a partir das 9h.

O policial militar Helbert de França Silva e o réu José Edmilson Pires dos Santos serão julgados pelo júri popular em dois processos distintos (543660 e 544186). Eles são acusados de integrar uma organização criminosa que cometia homicídios por encomenda, com características de extermínio, em Várzea Grande, denunciada na “Operação Mercenários”, deflagrada em 2016.

No dia 10 de junho, a partir das 9h, os réus serão julgados pelo homicídio de Luciano Militão da Silva e pela tentativa de homicídio contra Célia Regina Duarte.

No crime em questão, houve características de grupo de extermínio, em que os executores chegaram de motocicleta e efetuaram os disparos utilizando arma de fogo com silenciador acoplado.

O segundo julgamento dos réus será realizado no dia 24 de junho, a partir das 9h, sendo que também figuram como denunciados o policial militar Ueliton Lopes Rodrigues e o vigilante particular José Francisco Carvalho Pereira, igualmente alvos da operação policial.

Conforme a denúncia do Ministério Público, a organização criminosa era formada por profissionais de segurança pública, dentre eles Helbert e Ueliton, denunciados em diversos processos de homicídio.

José Edmilson é apontado como o responsável por planejar a maioria das execuções sumárias denunciadas nos processos decorrentes da Operação Mercenários.

No dia 12 de junho, às 13h30, tem início o júri popular de José Carlos Gomes Santana, acusado de assassinar a tiros José Góis.

De acordo com a denúncia constante no processo n. 45037, o crime aconteceu porque a vítima estava em um bar no bairro Alvorada, e, após ingerir bebida alcoólica, teria desrespeitado o acusado, chegando a passar a mão nas suas nádegas.

O réu então efetuou disparos com um revólver, causando o óbito da vítima.

Nesta quarta-feira (5 de junho), teve início o júri popular do réu Elizeu Soares de Oliveira, acusado de participar do homicídio de Izidoro Zakrzeski em 2015.

O crime foi praticado em razão de uma discussão motivada por altura do volume do som e por comida.

De acordo com o processo n. 454965, a vítima estava em uma borracharia no Distrito da Guia bebendo com Elizeu e mais dois homens, que começaram a discutir porque Izidoro reclamou que não havia sobrado comida para ele no jantar. Com isso, Elizeu Soares efetuou um disparo de espingarda contra a vítima.

Apesar de ter errado o tiro, dois amigos de Elizeu surpreenderam Izidoro pelas costas e esfaquearam-no repetidamente. Já no chão agonizando, Elizeu e os dois homens se revezaram nas agressões e mataram a vítima com mais de 40 facadas. Ele aguarda o julgamento preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Cleyton Hercinio de Arruda, vulgo “Leitoa”, será julgado na quinta-feira (6 de junho), a partir das 13h30, pelo crime de homicídio praticado contra a vítima Elivelton Martins de Souza, em 2016.

De acordo com o processo n. 458371, Cleyton foi até um bar no bairro Santa Rosa II, onde a vítima jogava sinuca, e aproveitando-se que o homem estava de costas, surpreendeu-o com cinco disparos de arma de fogo. Cleyton está preso preventivamente na Penitenciária Central do Estado, em virtude de seu histórico de antecedentes criminais, especialmente na prática de roubos.

No dia 7 de junho, serão julgados os réus Ivanildo Gomes da Silva e Mauricio Jeronimo Fialho pelo homicídio de Juracy Lucas de Jesus. O crime aconteceu na residência da vítima quando os denunciados chegaram em uma motocicleta, buzinando no portão, onde Ivanildo cobrou-lhe uma dívida aos gritos.

Em seguida, a companheira da vítima foi até a porta e implorou pela vida do marido, que havia acabado de dizer ao denunciado que não tinha o dinheiro para lhe pagar. Neste momento, Ivanildo atirou contra o tórax da vítima e empreendeu fuga com a motocicleta pilotada por Mauricio.

Já no dia 14 de junho, a partir das 9h, será julgado o empresário Nilton César da Silva pelo homicídio cometido contra seu sócio e concunhado Douglas Wilson Ramos, em 2015.

Conforme se extrai do processo n. 421676, o crime foi praticado por motivo torpe, porquanto o réu acreditava que a vítima havia desviado dinheiro da empresa que tinham em sociedade, bem como em razão do fato de que esta havia iniciado atividades comerciais no mesmo ramo, captando clientela. Douglas foi sequestrado e levado até uma estrada no Distrito da Guia, onde foi morto a tiros.

O corpo da vítima foi ocultado, sendo localizado apenas 11 dias em estado de decomposição. O mesmo crime também levará a júri popular o réu Luiz Carlos Chagas Rodrigues, no dia 26 de junho, às 9h, pelo envolvimento no homicídio.

Um desentendimento entre vizinhos em uma confraternização causou a morte de Creideney Benedito do Nascimento, que foi alvejado pelas costas por vários disparos de arma de fogo efetuados pelo réu Adriano Dias de Arruda.

Ele será julgado pelo júri popular no dia 17 de junho, às 13h30. De acordo com as informações contidas no processo n. 136194, o denunciado estava em uma confraternização na casa da sua cunhada, em determinado momento, discutiu com algumas pessoas na festa, provocando muito barulho.

Um vizinho se deslocou até a moradia e gritou para que eles parassem com o barulho, sendo que um dos homens respondeu: “você não manda em nada aqui, cala a boca”.

Na sequência, Adriano disse que ia pegar uma arma e matar todos que ali estavam e assim o fez, atingindo Creideney nas costas, causando sua morte, e outra vítima no rosto.

Alexandre dos Santos senta no banco dos réus no dia 18 de junho, às 13h30, pela tentativa de homicídio praticada contra os ex-sogros Edmundo Catarino Maciel e Maria Aparecida de Arruda Amorim.

Consta na denúncia que o réu se deslocou à residência das vítimas, com a intenção de conversar com sua ex-companheira, o que foi negado pelo padrasto dela.

Por não ser autorizado a entrar na casa, ele arrombou a porta dos fundos do imóvel portando duas facas, e então entrou em luta corporal, ferindo Edmundo, que já era idoso.

A esposa tentou evitar a morte do companheiro e também foi ferida por Alexandre, que usou a arma cortante para ferir as mãos e dedos da ex-sogra.

No dia 27 de junho, às 13h30, Elias Elisson de Oliveira enfrenta o Tribunal do Júri pelo homicídio de Eder Alves Rosa.

A acusação narra na denúncia que o acusado e a vítima estavam, cada um com seu grupo de amigos, em uma lanchonete em frente ao miniestádio do bairro Jardim União quando começaram a discutir.

Após o atrito, a vítima saiu do local a pé e enquanto caminhava, foi atingido por disparos de arma de fogo efetuados por Elias. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, no entanto, veio a óbito alguns dias depois.

Confira AQUI a pauta de julgamentos deste mês.

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