Ex-diretores e PMs são réus por entrada de celulares na PCE

Ex-diretores da Penitenciária Central do Estado (PCE), três policiais militares e dois membros de facção criminosa se tornaram réus no processo que trata da entrada de um freezer com 86 celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE).

O então diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa, o vice-diretor, Reginaldo Alves dos Santos, os militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior e os detentos Paulo Cesar dos Santos, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, ambos tratados como lideranças de facção criminosa são acusados de participarem do crime.

Agora são réus pela denúncia oferecida pelo Ministério Público (MPE-MT) que foi aceita pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na decisão do dia 31 de julho.

A Operação Assepsia investigou e apurou a facilitações para entrada de aparelhos celulares na penitenciária. O inquérito policial foi conduzido pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil.

Aos réus foram atribuídos quatro atos criminosos, eles vão responder por integrar, financiar e promover organização criminosa e também por introdução de celulares em presídios; cinco deles pelo crime de corrupção ativa e dois por corrupção passiva.

O caso 

No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado, foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido. Todo o  material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado na unidade para ser entregue a um dos detentos.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que no mesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção.

“Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.

No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.

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