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Pistola de tenente foi usada em setes crimes

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Jonildo José de Assis, disse, em entrevista à TV Vila Real, canal 10.1, que repassou ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – informações detectadas de uma possível fraude no sistema de cautela de armas da PM.

“Informações iniciais que nós temos diz respeito a uma possível adulteração no sistema de cautela de uma arma, essa arma estaria envolvida em uma ação criminosa.  Nós repassamos todas as nossas informações do nosso sistema ao Gaeco”.

O comandante disse ainda que os militares que tiverem a prisão preventiva mantida na audiência de custódia serão levados cada um para diferentes batalhões da corporação.

OPERAÇÃO DO GAECO

Nesta quarta-feira (21), a Promotoria Militar, em conjunto com o GAECO – força tarefa composta pela Policia Militar, Civil e Ministério Público, e a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagraram, respectivamente, a “Operação Coverage” (palavra em latim que significa Cobertura), e a 3ª fase da “Operação Mercenários”.

Na operação da DHPP foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva contra o Tenente Cleber de Souza Ferreira e 2 mandados de prisão preventiva contra Claudiomar Garcia de Carvalho, por crimes de homicídios qualificados em atividade típica de grupo de extermínio – Mercenários.

A operação do GAECO visou cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar e pessoal contra os policiais militares 2º Ten PM Cleber de Souza Ferreira, Ten PM Thiago Satiro Albino, Ten Cel PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola e Ten Cel PM Sada Ribeiro Parreira, por crimes de organização criminosa armada, obstrução de justiça, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.

De acordo com a investigação realizada pela Promotoria Militar com o apoio do Gaeco, a partir de provas compartilhas pela Polícia Civil, devidamente autorizada pelo Poder Judiciário, exame balístico comprovou que uma pistola tipo Glock, 9 mm, pertencente ao tenente Cleber de Souza Ferreira foi utilizada em 7 crimes de homicídio (4 tentados e 3 consumados) praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários.

Conforme as investigações, com a finalidade de obstruir as investigações relacionadas aos referidos homicídios, os policiais militares articularam a alteração do registro da arma de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema da Polícia Militar, tudo para ocultar que na data dos 7 crimes de homicídios a pistola já estava em poder do tenente Cleber de Souza Ferreira. As informações são da assessoria do MPE.

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