O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi questionado, em entrevista à Rádio Centro América FM, na manhã desta sexta-feira (30), sobre a retomada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, que voltou a ser formada na Câmara Municipal de Vereadores de Cuiabá, sobre como o chefe do executivo vai basear a defesa dele.

“Na esfera judicial, é a esfera competente. Eu já fiz a minha defesa prévia, meu depoimento no inquérito já está lá. Lá eu vou provar toda a farsa, toda a injustiça causada contra mim no período em que eu era deputado estadual tentando mudar fazer uma narrativa diferente de um vídeo, eu já pedi desculpas pelas imagens, tentando me incriminar num mar de lama patrocinado pelo ex-governador Silval. Isso, eu vou falar no processo, na Justiça que eu tenho que provar e vou provar que eu não tenho nada  a ver com esse mar de lama que me envolveram e respeito a Justiça, e tô pronto pra contribuir”, comentou.

Sobre a CPI na Câmara de Vereadores, o chefe do executivo municipal argumentou que não teve  nenhuma interferência na judicialização da Comissão Parlamentar de Inquérito, mas desconversou se havia tido alguma conversa com os vereadores da base sobre a investigação.

“Eu sou professor de Direito Constitucional. Eu respeito muito a questão da separação dos Poderes. Dentro dele, eu tenho de comandar o Poder Executivo Municipal. Se eu tivesse que agir toda vez que esse assunto viesse à mídia, Cuiabá iria parar”.

O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão (PSB) recebeu, esta semana, um requerimento que pede a nomeação do vereador Diego Guimarães (Progressistas) como membro e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó. O ofício foi assinado por Marcelo Bussiki (PSB) presidente da investigação, Felipe Wellaton (PV), Dilemário Alencar (Pros), Abílio Junior (PSC) e pelo próprio Diego.

Os vereadores que assinaram fazem parte dos 9 parlamentares que protocolaram o pedido de abertura da investigação. Na última sexta-feira (23) o juiz Wladys Roberto Freire do Amaral, da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, determinou a retomada da investigação no prazo de 48 horas e a definição de uma nova composição de seus membros.