PGR diz que Selma, como “investigada”, pode se defender

A Procuradoria-Geral da República, por meio da assessoria de imprensa, disse ao site Mato Grosso Mais, na tarde desta quarta-feira (11), que não vai comentar as declarações feitas pela senadora Selma Arruda (PSL) de que Raquel Dodge, em seu parecer favorável pela manutenção da cassação e eleição de imediato para o Senado, teria feito o pedido “por encomenda”, ou a procurada não tivesse mais nada a fazer, únicas hipóteses que justificariam tal concomitância”, disse a parlamentar.

De acordo com a assessoria da PGR, é um direito que a “investigada” tem em se defender daquilo que ela é alvo de investigação.

Ainda segundo a PGR, Selma Arruda entrou com recurso, após ser cassada pelo TRE  de Mato Grosso, por unanimidade, no dia 30 de abril.

A assessoria de imprensa argumentou que os processos são eletrônicos, e assim que são disponibilizados no sistema, a procuradora tem acesso.

Raquel Dodge encaminhou, nesta terça-feira (10), parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde se manifesta pela execução imediata da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) que, por unanimidade, cassou o diploma da senadora Selma Arruda (PSL) e dos seus dois suplentes, e determinou a realização de novas eleições para o Senado em Mato Grosso.

A procuradora do Ministério Público Federal  defende ainda a confirmação da pena de inelegibilidade por período de oito anos.

A cassação no TRE de Mato Grosso ocorreu após investigações contra Selma Arruda por suposto caixa dois, de R$ 1,2 milhão.

Segundo a quebra de sigilo, os valores, que foram gastos por Selma, em sua campanha, foram transferidos por seu primeiro suplente, Gilberto Possamai.

A ex-juíza ficou conhecida no Estado após mandar prender tubarões da política de Mato Grosso, como o ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-deputado José Riva, e o ex-governador Silval Barbosa, além de outros políticos e empresários de peso.

Ela foi eleita com quase 680 mil votos, declarando ter bens no valor de R$ 1,4 milhão.

Em recurso, a ex-juíza e os seus suplentes querem anular o acórdão do TRE/MT em razão de supostas irregularidades de natureza processual.

O objetivo da senadora é de, no mérito, reformar a conclusão a que chegou a Corte Regional, afastando todas as sanções que ali foram arbitradas.

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