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Delator da Lava Jato detona deputados por colocar CPI em sessão secreta

Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia Fiscal da Assembleia Legislativa decidiram por 3 votos a 1 ouvir o depoimento do delator da Lava Jato, Lúcio Funaro, de forma secreta, nesta quinta-feira (19). A comissão investiga fraude em incentivos fiscais e sonegação de impostos em Mato Grosso.

Os deputados Dilmar Dal Bosco (DEM), Nininho (PSD) e Janaina Riva (MDB) pediram em requerimento para que o depoimento de Funaro fosse dado longe dos holofotes da imprensa. Apenas o presidente da CPI, Wilson Santos (PSDB), votou para que a oitiva fosse aberta.

Sem dar muitos detalhes à imprensa, Funaro, antes de ser ouvido pela CPI, afirmou que vai esclarecer tudo que for questionado, no entanto, recebeu com estranheza a decisão de manter o seu depoimento em sigilo.

“Eu acredito que não é uma atitude para ser tomada em um estado democrático de direito, onde todas as CPIs têm sido abertas. Eu vou relatar perante essa comissão os fatos que eu sei, os fatos que eu posso provar, os fatos que podem ser comprovados tanto por mim, quanto por outras delações para que sejam apuradas dentro dessa Casa todas as irregularidade praticadas no estado de Mato Grosso”, explicou.

Em sua delação premiada, o doleiro afirmou que o grupo JBS tinha um esquema de sonegação de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), obtido mediante pagamentos de propinas a políticos em Mato Grosso.

Após a decisão majoritária de manter a sessão secreta, o presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB) afirmou que “todos os deputados tinham conhecimento, votaram favoráveis, é uma surpresa desagradável”.

*Colaborou Matheus Mendes

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