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Promotor e defesa discutem durante julgamento

O julgamento da Grampolândia Pantaneira, que começou com clima de tensão e bate boca entre o promotor de Justiça Allan do Ó e a defesa do cabo Gerson Corre, o advgado Eurolino Sechinel Reis, na tarde desta quarta-feira (6), na 11ª Vara Militar de Cuiabá.

A discussão teria iniciado após Allan direcionar perguntas ao cabo Gerson. Segundo Eurolino, havia um acordo para que as perguntas passassem primeiramente pela defesa para que o réu pudesse responder.

“O senhor não se dirija ao meu cliente diretamente, dirija a mim. O meu cliente vai ser protegido pela minha beca”, disparou Sechinel em voz alta.

No mesmo instante, Allan do Ó rebateu afirmando que não iria perder tempo com as indignações do jurista. “Eu me dirijo [ao réu] seu ele quiser responder”, rebateu.

Contudo, após o desentendimento, o juiz Marcos Faleiros, afirmou que não havia nenhum acordo que impedisse osquaisquer questionamento. “Não há nenhuma previsão legal que impeça a se dirigir a umas das partes para fazer perguntas, fazer qualquer comentário”, comentou.

O julgamento começou por volta das 14h e deve seguir na quinta-feira (7) e sexta-feira (8).

Veja o vídeo:

Grampos ilegais

As investigações que culminaram na prisão de ex-secretários e oficiais de alta patente da Polícia Militar de Mato Grosso apontam para um esquema de escutas ilegais que foi capaz de interceptar mais de 800 conversas de políticos, advogados e jornalistas.

Os coronéis Zaquel Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Jorge de Barros, tenente-coronel Januário Antonio Edwiges Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Junior são acusados de participarem de um esquema de escuta telefônicas que grampeou ilegalmente políticos, autoridades e jornalistas. O caso veio à tona em 2017, sob a gestão do então governador Pedro Taques (PSDB).

Os telefones foram interceptados com autorização judicial através de uma técnica denominada barriga de aluguel, quando números de pessoas não investigadas foram incluídos nos pedidos de interceptação encaminhados aos magistrados.

As ações contra os acusados foram para a Justiça Militar, para a Justiça Federal e para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, onde o relator é o desembargador Orlando Perri.

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