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PF e MPF combatem propina em frigoríficos

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal (MPF), deflagrou nesta terça-feira (10), a segunda fase da Operação Porteira Aberta. Ação que visa combater um esquema de pagamento de propinas a servidores públicos de fiscalização sanitária federal, para emitirem certificados, sanitários sem terem de fato fiscalizado ou inspecionado o abate de animais na empresa JBS Friboi.

Em resposta ao Site Mato Grosso Mais, a empresa disse: ” A JBS esclarece que nenhuma unidade da empresa foi alvo da segunda fase da operação Porteira Aberta. A empresa reforça que a operação em curso não tem qualquer relação com a qualidade dos produtos da empresa, cujos processos produtivos seguem padrões e normas internacionais“.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em seis estados: Mato Grosso, Goiás, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Estão sendo cumpridos ainda 15 Termos de Compromisso aplicando medidas cautelares diversas da prisão, dentre elas, o afastamento de Fiscais Federais Agropecuários.

De acordo com a assessoria da PF/MT nesta fase da operação não teve nenhuma busca e apreensão em frigorífico, embora tenha relação, as buscas foram realizadas nas casas dos ficais.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças/MT, que também determinou o sequestro de bens e valores pertencentes a 4 Fiscais Federais Agropecuários, totalizando R$ 5.080.200,00.

Os valores destinados ao pagamento de propinas eram registrados na contabilidade das unidades da empresa como despesas de consultoria e marketing ou serviço de inspeção federal.

A segunda fase é resultado da análise dos dados bancários dos investigados, dos documentos contábeis apreendidos durante a deflagração da primeira fase em 2018, os quais apontaram o pagamento de R$ 1.860.700,00 em propina apenas na unidade de Barra do Garças.

São alvos da operação os Fiscais Federais Agropecuários e os médicos veterinários conveniados ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), que atuavam na fiscalização das plantas industriais da empresa localizadas nos referidos municípios. Os investigados irão responder por corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa, podendo pegar até 20 anos de prisão.

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