
DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Para uma maior produtividade na agropecuária, mais de R$ 14 bilhões foram programados para se investir no país, de acordo com o Banco Central do Brasil (Bacen). Destes, 12,69% – o equivalente a R$ 1,79 bilhão – para o Estado de Mato Grosso. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançou no dia 3, na linha de empréstimo para capital de giro, o total de R$5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas.
As linhas de financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), foram responsáveis pela distribuição de mais de R$ 457 milhões em cartas para Mato Grosso, nos primeiros quatro meses de 2020.
O programa tem como objetivo conceder créditos para que produtores rurais possam trabalhar, garantindo uma maior produtividade e gerando empregos.
Os empréstimos de até R$ 100 mil foram os maiores com 31% dos pedidos, enquanto que os de R$ 200 mil a R$ 500 mil tiveram 25% e os de acima de R$ 1 milhão tiveram 11%, sendo a menor das operações.
Os maiores investimentos dos programas foram em máquinas e equipamentos (37,08%), bovinos de cortes (26,28%), correção de solos (11,36%) e reforma de pastagens (8,39%).
Dentre os beneficiados, os pequenos produtores (receita anual de R$360 mil a R$4,8 milhões) corresponderam ao maior número, com 39%, seguido dos pequenos médios (de R$4,8 milhões a R$16 milhões), com 37%, dos médios (de R$16 milhões a R$ 90 milhões) com 17%, mini produtor (até R$360 mil) com 6% e o grande produtor (acima de R$ 90 milhões).
BNDES
O BNDES alcançou no dia 3, na linha de empréstimo para capital de giro, o total de R$5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas. O valor estava previsto no plano inicial de enfrentamento ao novo coronavírus, apresentado pelo banco de fomento em março, no início da pandemia de covid-19.
Segundo o BNDES, já foram aprovadas 16.318 operações com 15.094 empresas, que empregam 372.800 pessoas, com valor médio de R$ 318 mil por operação. Como a pandemia ainda não acabou, o programa vai ser ampliado até o fim do ano, com a disponibilização de mais R$5 bilhões.
“Devido ao sucesso da iniciativa, e considerando a extensão da pandemia e dos impactos econômicos para as micro, pequenas e médias empresas, o Banco vai disponibilizar mais R$ 5 bilhões para novos empréstimos pela linha, que terá sua vigência ampliada de 30 de setembro para 31 de dezembro de 2020”, informou o banco.
O BNDES informa que o principal setor econômico contemplado pela linha de empréstimo foi o de comércio e serviços, que adquiriu 79,7% dos recursos, seguido pelo de indústria de transformação (19,5%). O agronegócio ficou com 0,7% dos recursos e a indústria extrativista, 0,1%.
O objetivo do Crédito Pequenas Empresas nesta segunda etapa será o mesmo, segundo o banco. “Oferecer recursos para o uso livre das empresas, de maneira simples e ágil, por meio dos agentes financeiros parceiros (cooperativas de créditos e bancos comerciais, públicos ou privados)”. Atualmente, o BNDES conta com 31 agentes parceiros atuando nos estados.
Podem solicitar o financiamento empresas com faturamento de até R$ 300 milhões anuais. O valor liberado é de até R$ 70 milhões por ano, com carência de até 24 meses e prazo para pagamento de até 60 meses. As taxas de juros são negociadas entre a empresa e o agente financeiro.