AGÊNCIA ESTADO
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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, decidiu nesta quinta-feira (9) colocar Fabrício Queiroz em prisão domiciliar.
A determinação inclui a mulher de Fabrício, Márcia Oliveira de Aguiar, que está foragida.
Queiroz foi alvo de prisão preventiva há cerca de três semanas.
Ele é suspeito de praticar obstrução da Justiça durante o processo que apura a existência de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Os pedidos de habeas corpus de Queiroz e de Márcia, que estavam com a desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), foram enviados ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) na noite de segunda-feira (6).
No habeas corpus, a defesa pede a conversão da prisão preventiva em domiciliar. Os advogados citam o estado de saúde de Queiroz e o contexto de pandemia, além de criticarem fundamentos da medida autorizada pela Justiça.
O casal foi alvo da Operação Anjo no dia 18 junho. A ação do MP-RJ (Ministério Publico do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil prendeu o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro em um imóvel, no interior de São Paulo, ligado ao advogado do senador. Já a esposa de Queiroz não foi encontrada e segue foragida.
O caso estava prestes a ter a primeira denúncia apresentada quando o foro de Flávio foi mudado. O MP entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a investigação volte para a primeira instância. O pedido deve ser analisado em agosto.