Um áudio vazado neste domingo (31), revela que a candidata a eleição suplementar ao senado, coronel Rubia Fernanda (Patriotas), implorou e chorou para que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), não voltasse atrás e retirasse o apoio dado a ela.

Após a exposição, o Delegado e deputado estadual, Claudinei (PSL), comentou sobre o assunto e não se deteve nas palavras e concluiu que a atitude da coronel foi algo humilhante e vexatório

Com uma dívida de campanha de R$ 700 mil, Rubia, aos prantos e em desespero, implorou ao presidente para que apoiasse sua candidatura ao Senado, mesmo diante de sucessivas recusas do presidente. No áudio da reunião que ocorreu momentos antes da convenção, a coronel e o seu marido, o coronel Wanderson Nunes de Siqueira, se humilharam para que o presidente os apoiassem. (Ouça o áudio abaixo)

O delegado defensor e apoiador do presidente, disse que já era um acontecimento comentado nos bastidores da chapa bolsonarista para a suplementar. “Para mim não foi surpresa. Porque em off, um pouco antes da eleição suplementar para o senado, a gente já tinha uma informação que batia com o que foi exposto agora pela mídia”.

“Então a gente já tinha essa informação que havia aí uma possível junção com até o deputado Medeiros que na época era o mais forte. E a possibilidade da coronel vir somar como 1º suplente, mas é isso ai”, afirmou o parlamentar.

O deputado não mediu suas palavras e concluiu que a atitude da coronel foi algo humilhante e vexatório, que afetará sua carreira como militar e também como candidata daqui para frente.

“É uma situação vexatória. É uma situação constrangedora para uma coronel da Polícia Militar. Isso daí acaba afetando a carreira política dela no futuro se ela pensa em continuar na carreira ou tentar um cargo político no futuro. E acaba indiretamente afetando própria instituição e a corporação da Polícia Militar, que é uma instituição muito importante”, disse o deputado.

O delegado nota que integrantes da PM também passaram essa vergonha e esse vexame de ver uma coronel da PM se rebaixar tanto, se humilhar e faltar só ajoelhar aos pés do presidente Bolsonaro, pedindo esse apoio para a eleição dela ao senado, sendo que tinha outros nomes mais fortes.

O áudio é repleto de lágrimas, desespero, ameaças de desmaio e principalmente marcado pela frieza de Bolsonaro com Fernanda, que naquela altura do ‘quadro político’ já não era mais a preferida do chefe da República.

ÁUDIO DA CORONEL FERNANDA