Ele estava internado há cerca de 30 dias no Hospital Municipal de Cuiabá.

Conforme o artista plástico Vicente Paulo, amigo de Valdivino, ele começou a sentir algumas dores há cerca de três meses, mas não sabia o que era.

“Nós pegamos ele e levamos em um especialista, mas o câncer já estava avançado, espalhado pelo corpo todo. Assim que foi diagnosticado com a doença, ele foi internado, mas era uma situação muito difícil de ser revertida devido à gravidade do quadro”, explicou o amigo.

Valdivino não era casado e não tinha filhos. O pai dele, único familiar que ele tinha, faleceu há cerca de dois anos.

Vicente homenageou o amigo, que foi enterrado nesta quarta-feira, em Cuiabá.

“Foi um grande artista, premiado em vários salões, não só em Mato Grosso, mas também fora. Reconhecido no Brasil por seu estilo naif. Deixou um grande legado que são suas obras e, infelizmente, perdemos mais um grande artista. Nesses últimos três anos, perdemos 10 grandes artistas. O que nos conforta é que ele deixa suas obras”, afirmou Vicente.

Valdivino era natural de Itiquira e desde jovem nutria a paixão pela pintura. Em 1990, começou sua trajetória profissional, depois de frequentar o Ateliê Livre, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde aprendeu com artistas mais experientes, sob a orientação de Nilson Pimenta. Seus trabalhos de maiores destaques expressam visualmente elementos zoomorfizados.

Ao longo da carreira, participou de diversas exposições e bienais do circuito nacional, entre elas a Bienal Naïfs do Brasil, de Piracicaba (SP), edição de 2010. Foi premiado no XIX Salão Jovem Arte Mato-Grossense, em 2000, e teve três pinturas selecionadas na edição 2013 do Salão de Arte de Mato Grosso, sendo elas: “Amor de peixe”, “Amamentação do ser marinho” e o “Beijo do polvo”.