Ele fazia uma reunião técnica sobre a municipalização de escolas de Várzea Grande e foi surpreendido por um grupo de manifestantes na saída.

Nesta sexta-feira (17), a diretoria do sindicato publicou uma nota de repúdio e disse que o secretário se negou a conversar com o grupo de profissionais da educação que o aguardava na porta da secretaria.

“O Sintep considera lamentável tal atitude e repudia o ato do governo, cobrando das instituições competentes por salvaguardar os direitos sociais e educacionais, que tomem providência diante desse total desrespeito à legislação, comprometendo direitos da população várzea-grandense, bem como reproduzido em outros municípios do estado”, diz.

A Polícia Civil informou que o BO foi registrado pelo secretário por constrangimento ilegal e ameaça.

O secretário disse que no fim da reunião, ao encontrar o grupo na porta, convidou representantes do Sindicato dos Profissionais da Educação e alguns professores para conversar dentro do prédio, mas eles teriam recusado o convite e pediram para conversar fora da secretaria.

“Naquele momento estava chovendo e não tinha condições da gente conversar. Eles recusando o convite, como a reunião já tinha sido finalizada, me desloquei para o carro. Naquele momento, um grupo de pessoas me cercou e alguns começaram a me agredir verbalmente”, relatou.

O secretário informou que a partir da próxima semana serão realizadas novas reuniões com os gestores das escolas que deverão passar por mudanças e também com os pais dos alunos matriculados.

“Nenhum estudante ou professor será prejudicado. Essas unidades não vão fechar, apenas passarão a ter a gestão por parte do município”, pontuou.

Os profissionais de educação afirmam que a Seduc pretende fechar escolas que atendem do 1º ao 6º ano do ensino fundamental e que isso causaria o remanejamento de professores e alunos para unidades espalhadas na cidade.

No plano, estão incluídas as escolas Licínio Monteiro, Mercedes Paula Soda e Ernandy Mauricio Baracat de Arruda (Nico Baracat).

A secretaria diz que o fechamento tem por objetivo redimensionar a rede pública de ensino, em parceria com a prefeitura de Várzea Grande. Apesar disso, os profissionais alegam que a decisão foi tomada de forma isolada.