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Polícia e MPT investigam caso de funcionário torturado pelo chefe

Um dos funcionários com as mãos queimadas
Reprodução: TV Bahia – 30/08/2022

Um dos funcionários com as mãos queimadas

Dois funcionários foram torturados por empresários após o suposto furto de R$ 30. Um deles teve as mãos queimadas com o número 171. A tortura, que ocorreu em uma loja no centro de Salvador (BA), foi gravada por outro empregador.

Ao iG , a Polícia Civil afirmou que o crime aconteceu no dia 19 de agosto, mas só foi registrada no dia 26. As autoridades também disseram que as vítimas e um dos autores já prestaram depoimento. O caso segue em investigação.

“Foram apresentados vídeos que teriam sido gravados pelos próprios autores do crime, que provariam as agressões. A unidade já iniciou as investigações a respeito do caso: um dos autores já prestou depoimento. As vítimas foram encaminhadas para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para a realização do exame de corpo de delito”.

No vídeo divulgado, um dos empresários que praticou a agressão fala que as pauladas eram um “corretivo”.

O agressor acusa o trabalhador, durante a filmagem. “Trabalhou para mim, a gente deu moral e confiança, e ele metendo a mão no dinheiro”.

“Botei uma isca para ele, falei para o meu primo que eu iria pegar ele. Botei R$ 30 embaixo do balcão e mandei ele limpar, e ele fez a festa”, diz o empresário enquanto bate na mão da vítima com uma barra.

Funcionário recebendo paulada do patrão
Reprodução: TV Bahia – 30/08/2022

Funcionário recebendo paulada do patrão

Em entrevista ao Bahia Meio Dia, telejornal da TV Bahia, nesta segunda-feira (30) uma das vítimas, o William Conceição, relatou que o patrão ainda o socou.

“Ele me queimou, me deu pauladas, me deu uns murros e falou que eu ia passar pelo tempo da escravidão. Agora não to conseguindo dormir direito, não to conseguindo viver direito com toda essa situação”.

Além de pauladas nas mãos, um dos funcionários teve as duas mãos queimadas. O patrão escreveu ”171” nas mãos da vítima.

O caso está sendo investigado na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris). Além disso, um inquérito foi aberto pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) para investigar a denúncia de tortura contra os dois trabalhadores.

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Fonte: IG Política

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