O Procon Carioca enviou uma notificação à empresa responsável pela marca de macarrão “Keishi” após possível contaminação do produto. De acordo o órgão, a empresa utilizou a substância Propilenoglicol, um composto químico que pode ser usado em alguns alimentos, mas que é proibido na categoria de massas alimentícias e cujo seu uso contaminou a linha de produção.
A Keishi é conhecida por sua produção de massas de estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, além de massas de salgados, como gyoza. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou investigação em que foi constatada a comercialização do propilenoglicol contaminado com etilenoglicol. Este composto é altamente tóxico, capaz de provocar diversas doenças, como a insolvência renal e hepática quando ingerido, podendo inclusive levar à morte.
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Segundo o Procon Carioca, o Código de Defesa do Consumidor veda expressamente a comercialização de produtos nocivos à saúde, na medida em que constitui direito básico do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança. “É vedada a comercialização de produtos e serviços que coloquem em risco a saúde e segurança dos consumidores, bem como é considerada prática abusiva a comercialização de produtos em desconformidade com o disposto pelos órgãos técnicos”, disse o órgão em nota.
O Procon também informou que a empresa terá que prestar esclarecimentos sobre como a substância contaminada é utilizada na fabricação dos produtos, além de informar se foi tomada alguma medida para evitar maiores prejuízos à saúde dos consumidores e se houve um plano de contingência.
Segundo Igor Costa, diretor executivo do Procon Carioca, a empresa deve apresentar os esclarecimentos, de forma comprovada, na sede do instituto ou por email. “A todo e qualquer sinal de desrespeito aos direitos do consumidor, a fiscalização do Procon Carioca atua, com celeridade, para esclarecer e tomar as devidas providências, sempre em defesa do cidadão”, reforça ele.
Procurada, a marca ainda não retornou. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: IG ECONOMIA