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Em novo ataque bolsonarista, padre é hostilizado durante missa no PR

Padre Edson é hostilizado por bolsonaristas
reprodução: Twitter

Padre Edson é hostilizado por bolsonaristas

Na última quarta-feira (12), mesmo dia em que o arcebispo da Arquidiocese, Dom Orlando Brandes, foi hostilizado por bolsonaristas no Santuário de Aparecida , interior de São Paulo, outro padre foi ofendido durante missa na Paróquia Nossa Senhora da Luz, em Fazenda Rio Grande, no Paraná . O ataque foi gravado.

Depois de dizer que “o Deus da vida nunca vai pactuar com as forças da violência, nunca vai estar do lado daquele que prega o armamentismo, porque Deus é amor, solidariedade”, o padre Edson foi interrompido por uma mulher que o questionou: “O Deus da vida é a favor do aborto , padre?”. O padre negou. A mulher continuou gritando: “Ele é a favor da ideologia de gênero ?”. O padre negou novamente. “O senhor está pedindo voto para o Lula (PT)”, ela falou, em tom afirmativo. O padre negou, mais uma vez. Pessoas aplaudiram.

O padre tentou seguir com a missa e foi interrompido novamente, agora por um homem, que tentou o intimidar, em um tom de ordem, falando para que ele se atenha à palavra de Deus. Quase no final do vídeo é possível ver um homem se levantando e saindo. Internautas especulam que ele teria cuspido no chão.

Ataques de apoaidores do presidente Jair Bolsonaro (PL) a padres e figuras da Igreja têm ficado cada vez mais frequentes. No domingo (16), o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, 7º Arcebispo Metropolitano de São Paulo, foi alvo de bolsonaristas no Twitter por usar uma roupa vermelha em sua foto de perfil, cor tradicionalmente associada ao Partido dos Trabalhadores (PT). O religioso explicou se tratar de norma na Igreja Católica para cardeais, como ele e, na sequência, publicou um tweet questionando se vale a pena colocar os valores da Igreja em risco por causa de política, mas foi ainda mais criticado.

Na sexta-feira (14), o Padre Zezinho, também vítima de ataques bolsonaristas, anunciou que irá se ausentar das redes sociais até 31 de outubro. O motivo seriam ofensas de apoiadores de Bolsonaro contra ele, o Papa Francisco e bispos, além de calúnias, palavras de baixo calão e xingamentos. Ele conta que foi chamado de “comunista” e “traidor de Cristo e da pátria”.

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Fonte: IG Política

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