DA REDAÇÃO
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Um policial penal foi preso ao entrar no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), com porções de cocaína e maconha na última sexta-feira, 21 de outubro. O agente estava voltando com reeducandos que estavam trabalhando fora do presídio.
Conforme a Polícia Civil, uma denúncia anônima informou que as drogas estavam em um dos veículos que voltava da obra onde está sendo montada a nova Central de Monitoramento de Tornozeleiras do Sistema Prisional, na região central de Cuiabá.
Cerca de 11 presos eram transportados pelo policial preso e outro servidor. Assim que chegaram na unidade prisional, todos os veículos foram e reeducandos foram alvos de busca.
Em uma das vans havia uma embalagem descartada no chão aparentando estar com drogas e celulares. Ninguém assumiu a autoria do pacote. Em seguida, os policiais civis abordaram a Ford Ranger dirigida pelo policial preso, onde estavam outros dois reeducandos, com eles não havia nenhum material ilícito.
Porém, durante uma verificação na bolsa do agente, os policiais encontraram duas embalagens de drogas. O agente foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
O policial penal está detido até a audiência de custódia. No sábado (22) uma varredura foi realizada na obra e um celular sem chip foi encontrado em uma caixa que armazenava rolos de tinta.
O caso segue em investigação.
Em nota, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (SINDSPEN-MT), informa que ele foi encaminhado à delegacia para esclarecimentos, e logo após ser ouvido foi liberado.
Conforme investigação da polícia civil, e despacho do delegado André Rigonato, Nº 2022.3.197911 – A.P.F.D. 209.3.2022.16694, os reeducandos teriam plantado a droga encontrada na bolsa do policial penal em represália por não conceder regalias a eles.
Segundo a polícia, dois reeducandos foram presos em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. O juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, converteu o flagrante para prisão preventiva no sábado (22). Eles ainda devem permanecer no CRC.
O Sindicato se solidariza e se mantém a disposição do policial penal envolvido no fato e junto com a equipe jurídica do sindicato irá acompanhar todo o andamento do processo.
O Sindspen-MT garante que não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e reafirma seu compromisso com a manutenção da segurança pública dentro e fora dos presídios.