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UBS Nico Baracat regulariza 80% das cadernetas de vacinas das crianças do CMEI Governador José Garcia Neto

Setenta por cento das 200 crianças de 0 a 5 anos que estão matriculadas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Governador José Garcia Neto no bairro Salvador Costa Marques em Cuiabá, estavam com a caderneta de vacina atrasada. Entre elas, crianças com três anos, e não tomaram nenghum dos imunizantes previstos para a faixa etária.  A situação foi constatada durante a realização do Programa Saúde na Escola desenvolvido pelos profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Nico Baracat entre os dias 7 e 11 deste mês. Do total, 80% tiveram as cadernetas atualizadas mediante autorização dos pais ou responsáveis. Além da atualização vacinal o Programa levou outros benefícios para o ambiente creche/escola com o objetivo de avaliar o crescimento/desenvolvimento da criança e ainda, orientação sobre saúde bucal.

“Graças à ação que foi proposta pela enfermeira Welingnem,  da UBS Nico Baracat, 80% das crianças que estavam com a caderneta atrasada estão com a vacinação em dia. Não atingimos as 100% porque alguns pais não autorizaram. Importante salientar que são vacinas obrigatórias em cada fase de idade”, explicou a diretora do Cemei, Alice Araujo da Luz Souza.

Para a Enfermeira Welignem Leite da Silva a Secretaria Municipal de Saúde realiza ações durante o ano, como a multivacinação nos sábados para facilitar para os pais que trabalham durante a semana, mas os pais não aproveitam essas oportunidades para levá-los. Durante a ação foi encontrado criança que tomou as duas primeiras vacinas administradas ao nascer e hoje está com dois anos e somente com essas duas doses de imunizantes. Crianças com 4 anos que só tomou as vacinas de 6 meses. Muitas delas tomaram até 4 vacinas injetáveis para poder organizar a situação.

No quesito crescimento e desenvolvimento avaliado por médicos da saúde da família que integram o Programa, “não está tudo bem”, pontuou o doutor Danilo Evangelista. Segundo ele, com a ação percebeu-se situações de déficit de atenção, hiperatividade e crescimento inadequado entre as crianças. “Já fizemos acompanhamento para que a demanda dessas crianças sejam acompanhadas. Estamos encaminhando algumas para avaliação de especialistas e iremos orientar os pais quanto a importância de uma  alimentação adequada, atividade física, principalmente dentro dos parâmetros que a gente viu aqui”, frisou o médico.

Além de alguns dados antropométricos (peso, altura, circunferência) considerados para a avaliação do crescimento e desenvolvimento, os professores contribuem com informações referentes ao comportamento. A partir disso, é possível encaminhá-las para atendimento especializado direcionado. Os pais recebem orientações (receberam ali no Cemei) e fazem o agendamento na UBS Nico Baracat”, destacou o médico Danilo. 

As crianças participaram também de palestra orientativa sobre higiene bucal, iniciativa que integra o projeto.  M. R. A.C, três anos, ao ser questionado se em casa ele pede aos pais para escovar os dentes, foi objetivo. “Não, tia, eu não peço. Eu já sou grande, eu escovo sozinho”. Ele também não tem problemas com alimentos (legumes), pois argumenta que vai crescer forte para ser jogador de futebol.

“Fazemos o trabalho preventivo, cuidado antes da cárie surgir. As crianças, mesmo com pouca idade, prestam atenção. Abordamos o assunto com músicas e histórias. Também tem a parte da escovação. Mas é um conjunto onde é preciso que os pais complementem o aprendizado. Prevenir evita que a intervenção”, explicou a dentista Elizeth da Silva Soares.

Os profissionais reconhecem que o Programa tem sido uma ferramenta de auxílio às famílias, uma vez que a maioria das crianças fica em período integral na escola enquanto os pais trabalham. Com isso esses pais não têm tempo para levar as crianças para consulta pediátricas e o programa acaba suprindo essa necessidade e ajudando os pais em melhorar a vida dos filhos.

ATENÇÃO

Pais e mães têm que estar atentos e observar algumas dicas apresentadas pelas crianças. “Criança tem que brincar, tem que sorrir, interagir, participar. Se percebe que seu filho não brinca, não interage, tem comportamento recluso, são sinais de alarme. O ideal é buscar orientação profissional”, alertou o médico Danilo.

Em relação ao crescimento, a questão pode estar associada à alimentação. Se não cresce, é muito magrinha e muito frágil, são sinais importantes  para ver se ela está aprendendo bem na escola. A dica então é conversar com os professores porque as crianças podem apresentar comportamentos diferentes quando estão na escola e quando estão em casa. “Como os pais passam muito tempo fora, o contato é muito diminuído, e os professores podem ajudar consideravelmente”, explicou o profissional.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá MT

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