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TRANSEXUALIDADE

Roberta relembra dificuldade em troca de nome no Brasil: ‘Meu corpo não me pertencia’

Reprodução Instagram

Roberta Gambine Moreira, mais conhecida como Roberta Close, vai ganhar um documentário sobre sua vida. O filme será rodado por uma produtora da Colômbia e será comercializado por um canal de streaming nos Estados Unidos.

Hoje com 58 anos, Roberta ficou famosa nos anos 80 por sua transexualidade em uma época em que o Brasil ainda conhecia pouco sobre transição de gênero e tinha ainda mais preconceito sobre o tema. Eram tempos muito mais difíceis do que os atuais, recém-saídos da Ditadura Militar.

 atriz explicou por que sua vida será retratada fora do Brasil: “Tentaram rodar aqui. Recebi muitas propostas, mas os valores que me ofereceram não me interessaram. Vai ser uma coisa bem bonita e a história vai começar nos anos 80”, adianta, em entrevista ao gshow.

Vida na Suíça

Carioca, Roberta vive em Zurique, na Suíça, com o marido, o empresário suíço Roland Granacher, com quem está casada há 35 anos. Apesar dos pais já terem falecido, a atriz ainda tem família no Rio de Janeiro e sempre viaja para visitá-los.

Preconceito

Ela traz lembranças duras da época difícil vivida no Brasil. Um dos episódios que mais a marcou foi o fato de não conseguir ter o direito de ter o nome feminino registrado em seus documentos.

Quando abriu o processo para a mudança de nome, Roberta já havia feito a cirurgia de redesignação sexual, em Londres, em 1989. A luta que travou na Justiça para trocar Luiz Roberto Gambine Moreira para Roberta Gambine Moreira a marcou muito.

Depois de uma longa batalha, no dia 10 de março de 2005, ela finalmente conseguiu trazer o nome Roberta em seus documentos:

“Fui muito discriminada. Meu corpo não me pertencia, pertencia ao Estado. Até que uma juíza, muito justa e sensata, me defendeu e consegui mudar meu nome para Roberta”, lembra.

Questionada sobre como o enxerga os transexuais hoje no Brasil, diz não saber opinar:

“Não moro aqui, posso responder por mim. Não sou vereadora, deputada, nada. Sou uma pessoa cível. Posso responder por mim e pelo meu marido. Posso dizer que fui vítima de preconceito.

Em 1984, Erasmo Carlos lançou a música “Dá um Close Nela”. Especulou-se na época que o cantor e compositor, morto em novembro de 2022, teria feito a canção para Roberta, o que foi negado por ele.

A música fez muito sucesso nos anos 80 e há quem garantisse que Erasmo e Roberta haviam tido um romance. Será que tiveram?

“Não iria falar para você!”, desconversa a blindada Roberta Close.

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  • 23 de fevereiro de 2023 às 17:32:04