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APRESENTADORA E JORNALISTA

Silvia Poppovic fala de superação do luto após morte do marido

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Uma das principais maneiras de fazer com que um tema deixe de ser tabu é buscar e difundir conhecimento sobre ele, afinal a ignorância é a raiz da intolerância. Silvia Poppovic entende do assunto. Ela foi uma das responsáveis por quebrar alguns paradigmas trazendo para programas de TV debates que popularizaram temas que dominavam o meio acadêmico havia bons anos. 🤩🌟

“A questão da sexualidade, por exemplo, era extremamente complicada. Para achar uma mulher que se declarasse homossexual num programa de TV era dificílimo, porque tinha muito medo e preconceito”, relembra a jornalista e apresentadora de 68 anos, em entrevista exclusiva ao gshow. “Embora o temor ainda exista, houve uma evolução e muito se deve a essas atrações”.

Uma das pioneiras dos programas de comportamento que discutiam assuntos como feminismo, prazer sexual, divórcio, equidade salarial e igualdade de direitos, Silvia mostra-se orgulhosa por ter feito parte de uma geração de mulheres que abriu caminhos para que houvesse ao menos liberdade para debater qualquer assunto no futuro. “Já falei de muita coisa polêmica na minha vida e fico muito satisfeita em olhar para trás e ver que essas questões são muito melhor discutidas do que já foram um dia” 💪👑.

Atualmente trabalhando nas redes sociais, Silvia conta que só voltaria à televisão para projetos por tempo determinado. “Para entrar na grade de programação diária novamente tem que valer muito a pena e financeiramente ser muito bom. Do contrário, prefiro seguir assim”.

Desejo de ser mãe

Bem-sucedida, Silvia, que defendia que a felicidade estaria na realização profissional e financeira, se viu em um dilema quando o desejo de ser mãe aflorou a partir do namoro com o médico endocrinologista Marcello Bronstein, que se tornaria marido da apresentadora. “De repente caiu uma ficha e pensei: ‘Mas isso é tudo? Quero ter uma família'”.

A epifania aconteceu durante uma viagem de réveillon ao Havaí, quando ela tinha 44 anos. “Olhei pela janela do quarto e vi umas mulheres à beira da piscina e aquilo não me dizia nada e no hotel ao lado tinha uma vitalidade, uma gritaria de criança e pensei ‘quero isso para mim’, comecei a chorar e meu marido ficou desesperado”, conta Silvia, bem-humorada, acrescentando que, ao retornar ao Brasil, se submeteu a um tratamento com fertilização in vitro que permitiu que ela se tornasse mãe de Ana Poppovic, de 22 anos.

Tinha um discurso muito radical e percebi que dinheiro e carreira são importantes, mas não são tudo. Cada uma de nós a seu tempo tem que tentar viver o melhor naquele momento, sem sofreguidão, ansiedade, mas fazendo com que as coisas façam sentido. É possível ter experiências interessantes ou pobres em todas as fases da vida.
— Silvia Poppovic

Sobrevivendo ao luto

 

Silvia compartilhou momentos difíceis ao lado de Marcello, após ele ser diagnosticado com leucemia. O médico, que recebeu um transplante de medula óssea da filha do casal, acabou morrendo em novembro de 2022, aos 78 anos.

“Imaginavam que ficaria deprimida, mas percebi que se fizesse um pacto com a melancolia, minha vida iria embora, porque é muito difícil viver só cuidando de feridas. Tenho meu luto comigoQualquer festa que for, situação que viver, estarei com o Marcello dentro de mim. Vivo bem por ele, pela Ana, por mim e por tudo que ainda tenho pela frente. Meu compromisso é com a vida” 💖.

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