A Polícia Civil do município de Sorriso (397 km de Cuiabá), encaminhou o documento para o Judiciário do Estado, com a conclusão do assassinato e Cleci Calvi Cardoso (46) e suas filhas Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, de 19, 13 e 10 anos, encontradas mortas e estupradas pelo pedreiro, Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos. O crime ocorreu entre a noite de sexta-feira (24/11) e a madrugada do sábado (25/11) e corpos das vítimas foram encontradas na segunda-feira (27).

Contra as vítimas menores de idade, o Gilberto foi indiciado pelo crime de qualificadoras de meio cruel, previsto na Lei Henry Borel. Além dos homicídios qualificados, foi indiciado pelos crimes de estupro contra duas vítimas adultas (Cleci e Miliani Calvi) e estupro de vulnerável, cometido contra a vítima Manuela Calvi, de 13 anos.

O laudo pericial de confronto genético realizado pela Politec-MT apontou positivo para o DNA do criminoso em uma das vítimas que sofreu o estupro, a menina de 13 anos. Os demais laudos periciais ainda estão em fase de conclusão pela Politec.

Criminoso confessou que invadiu a casa das vítimas, que fica ao lado da obra em que ele trabalhava, pela janela do banheiro. Segundo ele, a intenção era roubar dinheiro, mas acabou sendo surpreendido pela mãe. Os dois entraram em luta corporal e que no meio da briga, caiu no chão e que uma gaveta de talheres caiu próximo dele. Ele então pegou uma faca de cabo preto e começou a golpear a vítima.

Depois de alguns golpes, a filha mais velha de Cleci apareceu, e foi em direção do criminoso, que em seguida esfaqueou a jovem. Com o barulho, as duas meninas mais novas, que estavam nos quartos, acordaram e começaram a gritar. Então foi até o cômodo da menina, de 13 anos, e a matou a facadas. Em seguida, foi até o outro quarto e matou a menina de 10 anos asfixiada com as mãos e usando um travesseiro.

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O delegado de Polícia Civil, Bruno França Ferreira, da Divisão de Homicídios da unidade policial de Sorriso, classificou o crime como macabro e destacou que a cena do crime ficará marcada na vida de todos os profissionais da segurança pública que atenderam a ocorrência, que chocou a cidade e o estado.

Gilberto Rodrigues foi preso em flagrante na mesma manhã em que foram encontrados os corpos das vítimas. Ele trabalhava tranquilamente em uma obra ao lado da residência da família Cardoso e observou a rotina das vítimas antes de cometer os crimes.