ALMT - Posto TRE - Abril

Wellaton pode ser processado e perder mandato

Por quebra de decoro o vereador Felipe Wellaton (PV), pode ter o mandato cassado, com risco de processo interno, vai depender do entendimento da Comissão de Ética da Casa. Recai contra ele uma denúncia de ter desviado parte da verba indenizatória e do salário de seu ex-chefe de gabinete, Jadson Nazário de Freitas. Dentre os tópicos da acusação, consta inclusive, que Wellaton utilizou parte da verba para comprar peças e consertar um veículo particular.

Segundo Jadson, Wellaton colocou algumas condições para nomeá-lo como chefe de gabinete, ele deveria devolver  o valor da verba indenizatória integralmente, verba que a Câmara paga aos chefes de gabinetes. Jadson teria que efetuar o saque e entregar diretamente ao parlamentar a VI todos os meses. E também que fizesse  a transferência da VI para terceiro responsável por obra em estabelecimento comercial pertencente ao vereador.

Ou seja, parte da verba teria sido entregue a Jeferson Luiz Junglaus, que era o executor de uma obra no parque das Águas, onde Wellaton é dono do Açaí das Águas.

Revelou ainda que Wellaton utilizou a verba indenizatória para aquisição de peças para um veículo privado. A denúncia foi oficializada em meados de junho de 2018. O caso voltou a tona agora, que o Ministério Público Estadual (MPE), decidiu investigar as denuncias e também a Delegacia Fazendária (Defaz), que abril inquérito contra Wellaton para investigar o casp.

NOTA PÚBLICA

Denunciação caluniosa é dar causa a investigação, inquérito ou processo judicial contra alguém que o denunciante sabe ser inocente, segundo o art. 339 do Código Penal. É disso que sou vítima, em um maldoso, malicioso e ardiloso esforço para calar minha oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro e retaliar pelas denúncias que fiz durante todo o mandato. O desespero para desacreditar nosso trabalho de fiscalização não é pra menos: Das denuncias que deflagraram a operação Sangria aos aluguéis fantasmas da Secretaria dos 300 anos, estive na linha de frente de investigação de todos os escândalos desta gestão fraudulenta – e não foram poucos. 

Não sou filho de pai assustado: Como sou o maior interessado em comprovar minha inocência, me coloquei à disposição da Justiça desde o início, desde que as tentativas de atingir minha reputação com essas mentiras começaram – e voltam agora às manchetes pois não há nada para criticar em minha trajetória pública; já o prefeito, continua sem explicar sequer o dinheiro no paletó. Aliciado a troco de vai saber o quê, o ex-funcionário foi totalmente desmentido na investigação conduzida pela Defaz, mas faço questão de rebater suas mentiras à sociedade: 

– O ex-funcionário Jadson Nazário de Freitas foi desligado do gabinete pois não cumpria os horários combinados e faltava sem justificativa, e foi exonerado do cargo de chefia um mês após ser nomeado pois disse que tinha inscrição na OAB, mas não tinha; todos os sucessores no cargo eram advogados devidamente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil.

– Sua exoneração do cargo de chefe de gabinete foi publicada no mesmo mês, e se a verba indenizatória foi paga a ele por engano nos 2 meses seguintes, a culpa é da Secretaria de Gestão de Pessoas da Câmara de Cuiabá, setor comandado pela cunhada do prefeito Emanuel Pinheiro. 

– A verba indenizatória tem a finalidade legal de custear o exercício do mandato, e aqueles R$ 4.200 reais também: Pagar internet, mobília e computadores, combustível e estrutura para trabalhar; enquanto isso, mesmo com toda a estrutura da Prefeitura, o prefeito Emanuel Pinheiro recebe R$ 25 mil reais por mês só de verba indenizatória, ultrapassando R$ 48 mil mensais de remuneração. 

– O veículo consertado ficava à disposição do gabinete e foi utilizado durante todo o mandato pelos funcionários, incluindo o ex-funcionário aliciado para mentir; enquanto a Prefeitura de Cuiabá gasta R$ 6 milhões ao ano com a locação de 265 veículos, nosso gabinete não utiliza nenhum carro alugado pela Câmara de Cuiabá – aliás, fomos contra a locação de veículos para gabinetes de vereadores. 

– Os R$ 3 mil reais depositados eram pagamento ao desenvolvedor do aplicativo Pra Cima, que custou ao todo R$ 12 mil reais e é um case de sucesso nacional, permitindo que os cidadãos enviem solicitações, reclamações e denúncias com foto/vídeo e localização georreferenciada, proponham leis e acompanhem as votações em tempo real; pelos dados da Google Play Store, onde se baixam aplicativos para Android, são similares os números de downloads do Pra Cima e do ALMT Interativa, aplicativo da Assembleia Legislativa que custou quase R$ 12 milhões. 

– Por fim, nunca cobrei parte do salário de nenhum funcionário – inclusive, nosso gabinete é o que tem menos funcionários em toda a Câmara de Cuiabá, e os mais bem remunerados, pois é com uma equipe capacitada e motivada que podemos alcançar os resultados expressivos que temos entregado aos contribuintes, barrando corrupção com fiscalização e denúncias sólidas.

Finalizo repetindo que não vão me calar com denúncias mentirosas nem com difamação gratuita. Tenho um compromisso com o povo cuiabano, e vou cumprir o meu papel até o fim.

Felipe Wellaton usou a tribuna para se defender e ler uma nota de esclarecimento rebatendo todos os tópicos da denúncia de seu ex-chefe de gabinete. Alegou que Jadson Nazário foi exonerado do cargo de chefia um mês após ser nomeado pois disse que tinha inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas não tinha.

Disse ainda que “o veículo consertado ficava à disposição do gabinete e foi utilizado durante todo o mandato pelos funcionários, incluindo o ex-funcionário aliciado para mentir”. Por fim, afirmou que nunca cobrou parte do salário de nenhum funcionário.

 

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