DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O Conselho Tutelar do município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) acompanha o caso de uma bebê de seis meses que teve a boca tampada com fita adesiva para parar de chorar. Acontece que, o pai da criança filmou a situação, e responsabilizou a mãe da menina pelo ato. A mulher estaria com sintomas de depressão.
A equipe do site Gazeta Digital conversou com a conselheira Margareth Dürks, que desde o começo desta segunda-feira (21), começou a receber várias denúncias referente ao crime de maus tratos envolvendo a criança.
Com base nas imagens do vídeo é possível ver o momento em que o pai se depara com a bebê na cama, puxa a fita adesiva da boca da menor, que começa chorar em seguida. Ele sai do quarto e filma a esposa, que encontra-se sentada no chão mexendo no celular.
“Ow, cê tá doida? Prega fita na boca da menina? Cê só pode tá doida, né?”, disse ele à esposa. Ele teria encaminhado o vídeo para uma pessoa há aproximadamente 9 dias, agora as imagens viralizaram.
“No final da manhã, algumas pessoas que me encaminharam atuam no Centro de Referência e Assistência Social, então, fui até o local para verificar a situação. Só sabia que o vídeo tinha sido gravado no bairro Altos da Glória, mas não sabíamos a casa”, explicou Margareth.
Enquanto faziam buscas pela região, a conselheira descobriu que a mulher que aparece no vídeo trabalhava em um mercado. Mas lá, ela conseguiu encontrar apenas o endereço do pai dela, avô da criança. Por sua vez, ele levou Margareth até a casa da família, porém, elas já não estavam lá.
“Ele contou que mãe e filha foram para uma chácara junto com a avó – mãe da jovem –, ressaltou que tinha conhecimento do vídeo, mas não tinha ideia da proporção que ele tinha tomado. De acordo com ele, a mulher levou filha e neta para a chácara após perceber que a menina não estava bem”.
Foi aí que a conselheira descobriu que a mãe da ciança está com diagnóstico de depressão e que precisa de tratamento. Mas, antes disso, ela buscava informações sobre a integridade física da criança. Em conversa por WhatsApp com a avó da bebê, ela confirmou que a neta está bem.
“Elas devem chegar nesta terça-feira (22) na cidade e vamos continuar o acompanhamento. Vamos entender o que está se passando nessa estrutura familiar”, declarou a conselheira. A jovem de 18 anos mora junto com o marido, de 26 anos, que é o pai da criança.
A conselheira ainda orientou o avô da criança a registrar um boletim de ocorrência. O caso está em andamento.
Veja o vídeo: