MP investiga Wellaton por desvio de verba indenizatória

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito para investigar o vereador Felipe Wellaton (PV), acusado de ter desviado parte do salário e da verba indenizatória de seu ex-chefe de gabinete, Jadson Nazário de Freitas, em 2017.

Segundo denúncia feita por Jadson ao MPE, Wellaton teria o obrigado a devolver R$ 4 mil pagos de Verba Indenizatória, para manter seu salário de R$ 6 mil na Câmara.

Jadson também afirma que em janeiro de 2017 ele foi rebaixado do cargo de chefe de gabinete para assessor parlamentar. Seu salário teria sido reduzido de R$ 6 mil para R$ 4 mil e mesmo em outro cargo continuou recebendo a VI e a repassado para Wellaton.

Em março, o salário de Jadson  foi reduzido para R$ 3 mil e mais uma vez por ‘erro’ a Câmara pagou a VI ao assessor. E novamente o valor foi entregue a Wellaton.

De acordo com o denunciante, o dinheiro teria sido entregue através de compra de peças para a caminhonete do vereador, que estava no conserto. ‘Contudo, como a aquisição das referidas peças foi realizada em espécie, acabou não guardando os comprovantes da mesa’, justifica-se.

Pela terceira vez, em abril de 2017, a VI foi paga normalmente, como se Jadson fosse ainda chefe de gabinete, apesar de seu salário ser reduzido novamente, desta vez para R$ 2 mil.  Na ocasião, ele teria repassado o valor da verba ao vereador através de um terceiro, responsável por uma obra no restaurante Açaí das Águas, que pertence a Wellaton.

O vereador Felipe Wellaton se manifestou através de nota:

Denunciação caluniosa é dar causa a investigação, inquérito ou processo judicial contra alguém que o denunciante sabe ser inocente, segundo o art. 339 do Código Penal. É disso que sou vítima, em um maldoso, malicioso e ardiloso esforço para calar minha oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro e retaliar pelas denúncias que fiz durante todo o mandato. O desespero para desacreditar nosso trabalho de fiscalização não é pra menos: Das denuncias que deflagraram a operação Sangria aos aluguéis fantasmas da Secretaria dos 300 anos, estive na linha de frente de investigação de todos os escândalos desta gestão fraudulenta – e não foram poucos.

Não sou filho de pai assustado: Como sou o maior interessado em comprovar minha inocência, me coloquei à disposição da Justiça desde o início, desde que as tentativas de atingir minha reputação com essas mentiras começaram – e voltam agora às manchetes pois não há nada para criticar em minha trajetória pública; já o prefeito, continua sem explicar sequer o dinheiro no paletó. Aliciado a troco de vai saber o quê, o ex-funcionário foi totalmente desmentido na investigação conduzida pela Defaz, mas faço questão de rebater suas mentiras à sociedade:

– O ex-funcionário Jadson Nazário de Freitas foi desligado do gabinete pois não cumpria os horários combinados e faltava sem justificativa, e foi exonerado do cargo de chefia um mês após ser nomeado pois disse que tinha inscrição na OAB, mas não tinha; todos os sucessores no cargo eram advogados devidamente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil.

– Sua exoneração do cargo de chefe de gabinete foi publicada no mesmo mês, e se a verba indenizatória foi paga a ele por engano nos 2 meses seguintes, a culpa é da Secretaria de Gestão de Pessoas da Câmara de Cuiabá, setor comandado pela cunhada do prefeito Emanuel Pinheiro.

– A verba indenizatória tem a finalidade legal de custear o exercício do mandato, e aqueles R$ 4.200 reais também: Pagar internet, mobília e computadores, combustível e estrutura para trabalhar; enquanto isso, mesmo com toda a estrutura da Prefeitura, o prefeito Emanuel Pinheiro recebe R$ 25 mil reais por mês só de verba indenizatória, ultrapassando R$ 48 mil mensais de remuneração.

– O veículo consertado ficava à disposição do gabinete e foi utilizado durante todo o mandato pelos funcionários, incluindo o ex-funcionário aliciado para mentir; enquanto a Prefeitura de Cuiabá gasta R$ 6 milhões ao ano com a locação de 265 veículos, nosso gabinete não utiliza nenhum carro alugado pela Câmara de Cuiabá – aliás, fomos contra a locação de veículos para gabinetes de vereadores.

– Os R$ 3 mil reais depositados eram pagamento ao desenvolvedor do aplicativo Pra Cima, que custou ao todo R$ 12 mil reais e é um case de sucesso nacional, permitindo que os cidadãos enviem solicitações, reclamações e denúncias com foto/vídeo e localização georreferenciada, proponham leis e acompanhem as votações em tempo real; pelos dados da Google Play Store, onde se baixam aplicativos para Android, são similares os números de downloads do Pra Cima e do ALMT Interativa, aplicativo da Assembleia Legislativa que custou quase R$ 12 milhões.

– Por fim, nunca cobrei parte do salário de nenhum funcionário – inclusive, nosso gabinete é o que tem menos funcionários em toda a Câmara de Cuiabá, e os mais bem remunerados, pois é com uma equipe capacitada e motivada que podemos alcançar os resultados expressivos que temos entregado aos contribuintes, barrando corrupção com fiscalização e denúncias sólidas.

Finalizo repetindo que não vão me calar com denúncias mentirosas nem com difamação gratuita. Tenho um compromisso com o povo cuiabano, e vou cumprir o meu papel até o fim.

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