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Pontos de exploração sexual crescem 29% em 5 anos

Pontos de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias e estradas federais em Mato Grosso aumentam 29% em 5 anos. Atualmente, o Estado apresenta 106 pontos vulneráveis espalhados pelas 5 rodovias que cortam o território mato-grossense. O levantamento é da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e integra o projeto Mapear.

Os dados estão disponíveis no Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil. Os números atuais correspondem ao biênio 2017 e 2018. Na apuração anterior, em 2013 e 2014, foram identificados 82 pontVIAS VULNERÁVEISos. À época, Mato Grosso ocupava a 5ª posição de estado com maior risco. Hoje, está em 11º lugar mas com 106 pontos.

Comissão de Direitos Humanos da PRF detalha que a identificação dos pontos não representa necessariamente que há a efetiva exploração sexual. São tratados como pontos prováveis. É necessário que haja um trabalho de prevenção em relação a esses locais, seja feita uma maior concentração de esforços para evitar que aconteça a exploração, explica Álvaro Daniel de Souza, presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos da PRF.

O policial aponta também que no levantamento foi identificado, não só em Mato Grosso, mas em diversos estados, que há uma migração dos pontos. Muitos possivelmente migraram para trechos urbanos ou rodovias estaduais. Por isso é preciso divulgar a metodologia do projeto para que possa ser utilizada por outras instituições, frisa.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso, reforça que entre as principais causas da prostituição infantil no país estão a pobreza e fatores que deveriam dela, como as famílias mal estruturadas, miséria extrema, falta de acesso à educação, uso de drogas e até mesmo consumo exagerado de álcool. Pais drogados e agressivos também tornam as crianças vulneráveis, levando-as a viver nas ruas e, na falta de condições de subsistência, a prostituição infantil transforma-se em alternativa lamentável, destaca Tatiane de Barros Ramalho, presidente da Comissão da Infância e Juventude (CIJ). A advogada complementa que há ainda o fato dos adultos que se servem deste tipo de abuso, às vezes oferecendo em troca quantias irrisórias ou mesmo comida. Esse crime permanece e aumenta à medida que o Estado não consegue agir de forma sistemática para coibir essa realidade, ressalta Valdiney Antonio de Arruda, coordenador do projeto de Combate ao Trabalho Infantil em MT. (Jornal A Gazeta)

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