DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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A perícia realizada no local onde a adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi morta, aponta que o gatilho da pistola foi acionado e o projétil saiu na parte de trás da cabeça da vítima, causando traumatismo crânio encefálico.
De acordo com o perito, a adolescente teve morte instantânea e o sangue que respingou nos pés e no joelho caíram no momento que ela foi atingida, pois ela sentou e depois tombou para trás.
“Portanto, a posição que melhor se ajusta nesse caso, tanto à posição específica assumida pelo corpo após a queda quanto ao sentido da produção de manchas de sangue, é aquela com a vítima sobre os pés e com a face voltada para a parte posterior do banheiro (parede lateral esquerda) na área de abertura da porta. Nesse sentido a queda do cadáver deu-se composta por dois lances de movimento: abaixamento; e, em seguida, tombo para o dorso”, detalha o perito.
O perito ressalta que o disparo não aconteceu de forma acidental, mas sim em linha reta.
“O perito conclui que se trata de morte violenta causada pelo disparo de arma de fogo contra a região da face da vítima Isabele Guimarães Ramos, por terceiro, que resultou o óbito da vítima. O disparo foi executado mediante o acionamento regular do gatilho da pistola IMBEL (no HGA44564) com o atirador na porção esquerda do banheiro. No ato do disparo, o agente agressor posicionou-se frontalmente em relação à vítima, sustentou a arma a uma altura de 1,44m do piso com alinhamento horizontal e a uma distância entre 20 e 30 centímetros da face da vítima. O motivo e a finalidade da ação não foram determinados pela perícia”, destaca o perito.
Ao chegar no local, o agente constatou em qual posição o corpo estava.
“O cadáver encontrava-se posicionado em decúbito dorsal (deitado de barriga para cima), com o tronco e os membros inferiores estendidos, com orientação levemente oblíqua. Os braços encontravam-se estendidos e alinhados à linha longitudinal do tronco. Sua cabeça encontrava-se apontada para a região lateral direita do banheiro (fundo do box) e mantinha-se apoiada sobre o piso por sua parte posterior”.
Veja as marcas de sangue descritas no laudo:
Acúmulo de manchas de sangue com coágulo
Manchas de sangue com padrão de fluxo na face
Machas sangue por expectoração
Gotas de sangue na blusa do cadáver
Padrão de gotas de sangue projetado no batente da banheira
Impregnação de manchas de sangue na toalha sobre o cabide no canto inferior direito
Padrão de gotejamento na parte inferior da coxa
Gotas de sangue no piso
Gotas de sangue no pé direito cadáver
Gotas de sangue no piso próximo ao vão da porta
Gotas de retrocesso na face externa da porta.
Manchas de sangue observadas no local:
Conjunto de manchas formado por acúmulo na região interior da box do banheiro, oriundo da região da cabeça do cadáver, com presença de coágulos e estágio de separação entre o soro e o plasma;
Conjunto de manchas de sangue, com padrão de fluxo, concentradas na lateral direita da face do cadáver, oriundas da região nasal
Conjunto de manchas de sangue, formadas por gotejamento na face interna do batente da box, com orientação oblíqua, oriundo da região nasal do cadáver
Conjunto de manchas de sangue impregnadas na porção superior da blusa do cadáver
Mancha de deslizamento de cabelo ensanguentado na região superior do revestimento da banheira com direcionamento oblíquo para o vão do box
Mancha de sangue projetada sobre o revestimento externo da banheira, com bordas largas e fluxo de escorrimento espesso, na parte mediante do revestimento da banheira
Conjunto de manchas projetadas sobre porção anterior das toalhas no cabide da entrada
Conjunto de manchas de sangue, formadas por gotejamento na face inferior das coxas do cadáver, com orientação oblíqua
Conjunto de manchas de sangue de formato circular com preenchimento regular, formadas por gotejamento sobre o piso, próximo ao joelho do cadáver
Conjunto de manchas de sangue de formato circular com preenchimento regular, formadas por gotejamento sobre a face