DA REDAÇÃO/ GABRIEL RODRIGUES
[email protected]
A Operação Distrust deflagrada na manhã desta quarta-feira (17), pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), também investiga a participação de funcionários das lojas Americanas, Martinello e Novo Mundo, que possam ter passado informações privilegiadas para criminosos, sobre a chegada de novos lotes de celulares nos estabelecimentos que foram assaltados pela quadrilha.
Bertolini falou sobre a possibilidade de suspeitos estarem infiltrados nas lojas que foram alvos dos criminosos.
“O nome da operação ‘Distrust’, com tradução desconfiança para o português. Havia essa informação de que trazia essa notícia, que funcionários somariam aos criminosos a respeito de quando chegariam a carga de celulares nas lojas. Essa informação está sendo apurada de forma detalhada e acredito que até o final das apurações seja possível confirmar”, afirmou ele.
LEIA: PJC prende quadrilha especializada em roubo a lojas de eletrodomésticos em Cuiabá
Segundo o delegado Guilherme Bertolini, essa foi somente a primeira etapa da operação, pois se há o criminoso que comete o roubo, certamente há um receptador. E nas novas fases buscaram esses ‘incentivadores’.
“Em relação a operação de hoje, foi o primeiro, foi o start, foram os mandados e as buscas, com as buscas pôde ser feita a análise de todo o material apreendido em aparelhos celulares. E nós já temos uma investigação que iniciou com o fim de identificar os receptadores. Esse crime só acontece porque têm criminosos que adquirem. E hoje foi a primeira fase e com certeza virão novas fases, para identificar criminosos que receptam e também criminosos que não foram pautados nessa fase da operação“, disse ele.
De acordo com as investigações da Derf, cerca de 1600 celulares foram levados em 20 roubos à lojas em Cuiabá. Os alvos dos criminosos foram as lojas Americanas, Martinello e Novo Mundo. “A Martinello foi alvo cerca de sete vezes dos criminosos”, conta o delegado.
O prejuízo estimado pela Delegacia, é de cerca de R$ 1 milhão com a subtração pelos criminosos de centenas de aparelhos celulares e eletroeletrônicos dos estabelecimentos comerciais.