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ALMT - Posto TRE - Abril

REPÓRTER MT / MARIO ANDREAZZA

PM atropelado tem alta hospitalar e cobra assistência

O soldado da Polícia Militar (PM) Claudecy Conceição da Costa, 35 anos, atropelado por um Nissan March, em frente ao Shopping 3 Américas, em Cuiabá, dia 10 de janeiro, recebeu alta médica do Hospital Santa Rosa na última terça-feira (16), porém, o tratamento continua e até o momento o motorista que causou o acidente, Pedro Henrique Maciel Campos, estava bêbado e não prestou assistência à vítima, que teve a perna quase decepada.

Apesar de poder voltar para casa e continuar o tratamento ao lado da mulher, do filho e demais familiares, o policial vai precisar de plano de saúde para custear a medicação, carro para se locomover entre a casa e o hospital regularmente, além de todo o aparato e adaptações em casa para que o paciente possa ser recebido.

De acordo com a esposa de Claudecy, a também policial militar Suely da Costa Mendonça, o soldado já consegue ficar em pé, porém, não pode forçar o membro devido à gravidade da lesão, um corte profundo que deixou o osso à mostra e ainda inspira sérios cuidados.

Após ser liberado em audiência de custódia, entre as cautelares para que Pedro respondesse o processo em liberdade, a juíza determinou que o motorista prestasse assistência financeira à vítima para contribuir com os custos médicos.

Porém, até o momento, com o militar já em casa, o acusado chegou a fazer contato com a família da vítima, por meio de sua advogada Nadeska Calmon, para se inteirar das necessidades do paciente.

De acordo com as informações de uma fonte ligada à família, o advogado que representa Claudecy relatou que de imediato precisavam de um carro, já que o da vítima ficou destruído no acidente. E o veículo seria de grande utilidade para atender às demandas do paciente, à época, ainda no hospital.

No entanto, mesmo após a alta médica, o carro da vítima não foi consertado ainda e teria sido mandado para orçamento por conta da própria família, já que o atropelador não teria feito mais contato com o advogado do PM.

Porém, agora, além do carro outros gastos serão necessários como plano de saúde, medicação, entre outros. Ainda segundo a fonte, o advogado da família já estaria pronto para entrar com representação judicial para comunicar a ‘não assistência’ de Pedro.

Outro lado

RepórterMT conversou com a advogada Nadeska Calmon para entender o porquê da falta de assistência por parte do cliente Pedro Henrique Maciel Campos.

Nadeska esclareceu que desde o dia 11 de janeiro, antes da audiência de custódia, tinha feito um primeiro contato com o comandante do Batalhão da Polícia Militar (PM), onde Claudecy é lotado. No entanto, foi pedido que a advogada fizesse contato diretamente com a família.

A advogada chegou a falar com a esposa da vítima brevemente e depois passou a conversar com o advogado do militar.

Ainda segundo Nadeska, ela questionou o que o paciente estava precisando naquele momento, ainda no início da internação de Claudecy, e o advogado disse que a prioridade era o conserto do carro, para facilitar a locomoção da família até o hospital.

A advogada afirmou que pediu o valor da franquia do carro para passar para o cliente, no entanto, não obteve a resposta e desse dia em diante nunca mais teve contato com o ‘colega’.

Para resguardar os direitos de Pedro, a advogada disse que peticionou em Juízo pedindo que a família de Claudecy oficializasse e juntasse ao processo todos os gastos que tiveram até o momento com o tratamento da vítima, já que não conseguiu resposta direta com os familiares.

A advogada fez questão de ressaltar que o cliente não é rico, trabalha como vendedor e está disposto a ajudar o militar na medida do possível. E que para cumprir a ordem judicial a família de Pedro é quem vai ajudar o causador do atropelamento nos gastos com o tratamento do soldado.

O acidente

Claudecy foi atropelado e teve a perna dilacerada, no momento em que colocava o filho na cadeirinha no banco de trás do carro da família. Ele foi atingido por um March que passou pela rua desgovernado, atravessou a pista e atingiu o policial.

As primeiras informações foram de uma fratura exposta, no entanto, na unidade de saúde foi verificado que o osso da perna não chegou a fraturar. O que aconteceu foi um corte tão grande e profundo que deixou o osso à mostra.

O March era conduzido por Pedro Henrique Maciel Campos, 27 anos, que perdeu o controle da direção, e após o acidente ainda tentou fugir. O teste de alcoolemia do motorista deus resultado 0,42 mg/l, comprovando que o motorista estaria bêbado.

Suely ainda teria flagrado o motorista jogando uma garrafa de bebida debaixo do carro dele, quando foi impedido de fugir por populares que testemunham o acidente.

Pedro foi preso em flagrante na noite do acidente e encaminhado à delegacia, onde ficou detido até a tarde da segunda-feira (11), quando passou por audiência de custódia e foi liberado pela juíza, porém sob a imposição de medidas cautelares.

Entre as medidas, a magistrada determinou fiança no valor de R$ 3.135, parcelado de 3x, e ainda que o motorista deveria prestar assistência ao soldado.

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