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Novas ferramentas auxiliam pecuaristas a enfrentar momentos de crise

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O desafio dos pecuaristas é concreto quando se analisa o comportamento do mercado nos últimos dois anos. De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o valor da arroba do boi neste mês de setembro está cerca de 30% menor que os praticados no início deste ano. E, quando comparado aos preços de janeiro de 2022, há uma queda ainda maior, na faixa de 45%.

Diante deste cenário e com o objetivo de orientar os pecuaristas para minimizarem os prejuízos, a Hedge Agro Consultoria está realizando mentorias. “Mostramos e ensinamos a utilização correta das ferramentas que podem ajudar o pecuarista a planejar a negociação”, explica o consultor de comercialização, da Hedge Agro Consultoria, Rafael Grings

O diretor técnico da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, participou da última mentoria. Ele conta que aprendeu novas estratégias para proteger o seu capital, o que ajuda na tomada de decisões futuras. “Os termos técnicos foram traduzidos e digeridos. E é na dificuldade que identificamos o lucro ou o prejuízo. Neste momento, esta linha é muito tênue”.

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De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), Mato Grosso tem um rebanho de cerca de 34.4 milhões de cabeças, o que equivale a 15% do rebanho nacional. Se de um lado os preços da arroba do boi caíram, do outro aumentou o abate. O crescimento foi de 10%se comparado ao número de animais abatidos no último mês de agosto, com o mesmo período de 2022.

Os pecuaristas são unânimes ao dizer que o momento é muito delicado e que essa fase é considerada uma das mais difíceis enfrentadas pelo setor. Há vários fatores que impactaram nesse panorama, entre elas, uma redução expressiva na quantidade de fêmeas abatidas nos anos de 2020 e 2021. “Temos que olhar o mercado desde 2020 para entender o que está acontecendo hoje”, aponta Rafael Grings.

Segundo ele, este é o momento do pecuarista se capacitar e utilizar ferramentas para gerir seu negócio da porteira para fora. “O que estamos vivendo deve ser tomado como experiência. A carne é uma commoditie e o pecuarista está exposto aos mais diversos impactos externos, mas é preciso ficar de olho porque, muitas vezes, o mercado financeiro pode se antecipar a algum movimento futuro”, diz Grings.

E é, neste momento, de tensão que surgem ferramentas como Call, Put, Boi a Termo e diversas outras. “Entender melhor tudo isso contribui para que possamos olhar o mercado de forma diferenciada. Eu que trabalho com nutrição animal estou muito mais ligado nas ações e iniciativas da porteira para dentro”, conta o pecuarista Marcel Gaiva que também é consultor na MG Agronegócios Cuiabá (MT).

E, segundo Gaiva, da porteira para fora os produtores ficam à mercê do mercado. “E com a hedge Agro aprendemos a comercializar nosso produto e não a vender. Foi muito importante aprender a diferença entre venda e comercialização”. Já Igor Marchezine, criador no município de Juscimeira (MT), enfatiza que uma das vantagens de se juntar a outros produtores é poder compartilhar as dificuldades e soluções.

“As plataformas que conhecemos nesta mentoria nos favorece e nos ajuda na tomada de decisões”. Para completar, o pecuarista Rogério de Albuquerque, gestor na LFPEC, em Diamantino (MT), destaca que com um mercado tão volátil, a informação e as ferramentas são primordiais na tomada de decisão. “Esta iniciativa da Hedge Agro Consultoria nos fez enxergar mais recursos para proteger nosso patrimônio”.

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