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ALMT - Posto TRE - Abril

DEPOIMENTO

Quadrilha morta pelo Bope roubaria ouro, joias, pedras preciosas e R$ 500 mil de político

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Dois homens, sobreviventes do suposto confronto entre ladrões e o Batalhão de Operações Especiais (Bope), que resultou na morte de seis criminosos no dia 29 de julho, revelaram em depoimento a Polícia Civil que a quadrilha pretendia cometer um assalto à chácara de um político na região do bairro Itamarati, em Cuiabá.

Os depoimentos foram colhidos pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no âmbito do inquérito que apura as mortes ocorridas no dia 29 de julho.

Rogério da Cruz Liberatori, de 24 anos, e Geovane Ferreira Sodré, de 27, conseguiram fugir do local e sobreviveram ao conflito com os militares.

Segundo um dos sobreviventes, a informação era de que na chácara havia cerca R$ 500 mil em dinheiro, além de ouro, pedras preciosas e joias. Ainda segundo o depoimento, não foi citado o nome do dono da propriedade.

“Que o dono da chácara era um politico, não sabendo precisar se é um deputado ou vereador, e esse dinheiro seria de corrupção e o dinheiro estava na chácara, pois ele iria fazer um pagamento para um advogado”, diz trecho do depoimento.

Um dos criminosos afirma que quem repassou a informação sobre os valores que estariam na chácara teria sido um dos seguranças do político. Ainda segundo o depoimento, o ato da quadrilha deveria acontecer no início de julho, mas foi cancelado por orientação do próprio segurança.

“O cara falou que trabalhava com o político como segurança, que o outro segurança também estaria participando do roubo. Que era para acontecer no início de julho, mas foi cancelado pelo segurança. Naquela oportunidade seria roubado o valor de R$ 150 mil”, diz outro trecho do depoimento, que não cita o nome deste segurança.

Os criminosos explicaram ainda que haviam combinado de tomar a arma do segurança para simular um assalto.

“Contou ao depoente que quando se encontrou com esse segurança, ele mostrou uma pistola e disse que eles iriam simular um roubo e era para tomar aquela pistola dele”, complementou.

Os criminosos relataram que se reuniram na madrugada de 29 de julho para cometer o roubo. A quadrilha estava em dois carros, sendo um Uno e um Corolla blindado.

Porém, revelou que havia também um veículo Fox, que levaria os criminosos à chácara. Mas, segundo ele, este carro não foi atingido por nenhum disparos efetuado pelos policiais do Bope, e os ocupantes dele teriam sido os responsáveis por “entregar” a quadrilha.

No confronto, morreram Gabriel de Paula Bueno, 20 anos, Jhon Dewid Bonifacio de Lima, 22, Andre Felippe de Oliveira silva, 24 e Willian Dhiego Ribeiro Moraes, 37, Leonardo Vinícius Pereira de Moraes, 24, e o policial militar Oacy da Silva Taques Neto, 30.

 

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