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Tenente preso é investigado por assassinatos

O tenente da Polícia Militar, Cleber de Souza Ferreira, preso na “Operação Assepsia”, suspeito de facilitar a entrada de 86 celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE), é investigado também em outra operação, “Operação Mercenários” da Polícia Civil. Segundo informações do site HiperNotícias, o oficial teria participado de dois assassinatos, em Cuiabá, no mês de janeiro de 2016.

Devido às investigações estarem em andamento, os nomes das vítimas e os locais dos crimes, não foram divulgados. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) afirmou que a organização tinha aparato para cometer os crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e carros e motos com placas frias.

Segundo a Polícia Civil, o grupo conhecido como “Os Mercenários” era formado por seis policiais militares e outros civis. A estimativa dos investigadores é que, pelo menos, 15 pessoas tenham sido vítimas da organização em Cuiabá e Várzea Grande.

DENUNCIADOS NA ASSEPSIA

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu nesta quarta-feira (03) denúncia contra  dois líderes do Comando Vermelho, três policiais militares e dois agentes penitenciários que ocupavam os cargos de vice e de diretor da Penitenciária Central do Estado.

O grupo foi investigado na operação “Assepsia”, que apurou facilitações para entrada de aparelhos celulares na penitenciária. O inquérito policial foi conduzido pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil.

Foram denunciados: Paulo Cesar dos Santos, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, ambos pertencentes ao Comando Vermelho; o então diretor da Penitenciária Central, Revétrio Francisco da Costa; o vice-diretor, Reginaldo Alves dos Santos e os militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.

Ao grupo foram imputados quatro atos criminosos. Os sete denunciados vão responder por integrar, financiar e promover organização criminosa e também por introdução de celulares em presídios; cinco deles pelo crime de corrupção ativa; e dois por corrupção passiva. Leia mais aqui.

Operação Mercenários 

De acordo com a Polícia Civil, os dois inquéritos que apuram as duas mortes, são desdobramentos da “Mercenários”, deflagrada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nos anos de 2016 e 2017, para investigar um grupo de extermínio que matavam sob encomenda. Na época, os trabalhos da investigação foram comandados pela delegada Alana Cardoso.

Seis policiais militares foram presos pela DHPP em decorrência da operação, acusados de participar de um grupo de extermínio que age em Mato Grosso.

O grupo é apontado como o responsável pela chacina ocorrida no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, no último dia 13 de março de 2016. Três rapazes foram mortos.

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